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Publicado em 11/07/2014 as 12:00am

Flórida é porta de entrada para franquias brasileiras nos EUA

Região dos EUA com maior número de brasileiros, de acordo com o Itamaraty, a Flórida é vista como porta de entrada de franquias brasileiras

Região dos EUA com maior número de brasileiros, de acordo com o Itamaraty, a Flórida é vista como porta de entrada de franquias brasileiras no mercado norte-americano pela associação do setor. O estado tem por volta de 250 mil brasileiros, segundo estimativas conservadoras do ministério das relações exteriores, que não têm característica de censo. Nos EUA, há cerca de 1 milhão de brasileiros, pelos mesmos cálculos.

Os Estados Unidos são o país com maior número de franquias brasileiras (fora, claro, do Brasil), de acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF), que contabilizou 42 marcas com presença por lá no ano passado e vê a Florida como uma porta de entrada para o país. “A Flórida, mais especificamente Miami, é por onde a grande maioria das franqueadoras brasileiras entram nos EUA”, diz o diretor internacional da associação, André Friedheim.

Segundo ele, o estado do sul dos EUA é visto como um local mais fácil de começar a expansão por conta da comunidade de brasileiros e latinos que vive lá, além de ser destino comum para quem visita os EUA. A região é também a mais próxima do Brasil. “Se você pegar as duas últimas redes que aportaram nos EUA, Giraffas e Vivenda do Camarão, as duas entraram pela Flórida”, diz Friedheim, se referindo às franquias associadas.

Pelo menos cinco redes têm projetos de expansão para o estado norte-americano, quatro delas por meio da consultoria Global Frachise: DNA Natural, especializada em comida saudável; Açay, de bebidas e alimentos energéticos; Pão to go, rede de padarias drive-thru; Multifranquia, dona da Emagrecentro, Miss Hollywood e Walking Party; e Spoleto.

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De acordo com o diretor internacional da Global, Wagner D'Almeida, os brasileiros vivendo lá facilitam a entrada das marcas porque as divulgam primeiro entre os hispânicos e depois entre os americanos. “A economia também está mais dinâmica e lá ninguém põe o patrão no pau”, diz.

A comunidade brasileira foi um dos pontos que levou a DNA Natural a optar por abrir um escritório na Flórida para guiar a expansão internacional, que deve incluir unidades em Miami. “Tem bastante a ver com o nosso público aqui no Brasil e tem uma comunidade grande de brasileiros por lá, o que ajuda a entrar em um mercado internacional, em que é preciso fazer toda uma adaptação de marca. A gente acha que é mais fácil”, diz a diretora da rede, Débora Gallina.

Segundo ela, a DNA foi procurada por brasileiros que moram nos EUA interessados em abrir uma franquia e a partir daí começaram o trabalho de preparação da marca e dos produtos: o cardápio terá de ser adaptado às frutas e saladas da região.

Foi também a procura de interessados que fez a Açay negociar a abertura de uma franquia em Orlando e outra em Miami. A marca é o varejo da indústria de açaí Petrus Fruity, com 28 anos de mercado e que exporta cerca de 50% da fruta que produz para os EUA. A internacionalização, no entanto, havia começado por Angola e Portugal – onde já há unidades abertas – e vai continuar pela Coreia do Sul, onde deve ser aberta uma loja em agosto.

O Spoleto, que tem 325 lojas no Brasil, no México e em Porto Rico, tem unidades negociadas na Flórida. “Acreditamos que a abertura de lojas nas áreas residenciais de Orlando vai expor a marca a uma diversificada base de clientes que representam o país inteiro”, diz o vice-presidente do grupo Trigo, Eduardo Ourivio.

Americanizar


Ainda que sejam os brasileiros o foco principal, D'Almeida orienta que as redes flexibilizem 30% do cardápio e adaptem os serviços para entrar no novo mercado. “O desafio é que as marcas não são conhecidas, diferente das americanas que vêm para cá”, diz. O diretor da ABF concorda: “é a mesma coisa que a gente diz que às estrangeiras, que têm de se tropicalizar quando vêm”.

A Giraffas entrou no mercado norte-americano em 2011 por Miami e hoje tem dez lojas próprias no estado da Flórida. Com o cardápio adaptado para não bater de frente com as grandes redes de fast food locais, a rede planeja abrir no ano que vem a primeira franquia por lá.

“Optamos por um mercado que tivesse grande porcentagem de consumidores latinos: o estado da Flórida. É que internacionalizar agrega faturamento e imagem positiva para a marca, são crescimentos diferentes e complementares”, diz o presidente da rede nos EUA, João Barbosa.

A Vivenda do Camarão abriu duas unidades nos EUA no fim do ano passado usando nome em inglês: Shrimp House. A ideia é investir em restaurantes com sócios locais nos próximos anos e a partir de 2016 começar a operar por meio de franquias. (G1)

Fonte: Da Redação do Brazilian Times

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