Publicado em 7/11/2014 as 12:00am
Obama confirma reforma imigratória para dezembro
A declaração foi feita pelo presidente nesta quarta-feira, dia 05, depois que os democratas perderam o controle do Poder Legislativo
O presidente disse que “antes do final do ano, fará todas as ações legais que puder”, embora tenha evitado dar detalhes sobre a Ordem Executiva. “Vou conversar com os líderes republicanos no Senado e na Câmara dos Deputados para tentar algo, mas estou cansado de esperar que eles façam algo”, afirmou.
Obama ressaltou que tem tido bastante paciência e buscado trabalhar em um projeto bipartidário. “Mas os republicanos não querem colaborar”, disse.
O presidente lembrou as conversas que teve com o porta-voz da Câmara, John Boehner (R-Ohio) no ano passado, quando um grupo bipartidário conseguiu que o Senado aprovasse uma ampla proposta de reforma migratória. Quando ficou claro que Boehner não levaria tal proposta aprovada pelo Senado à votação na Câmara, Obama disse que “se sentiu obrigado a fazer legalmente o possível” para garantir que o sistema não piorasse, na expectativa de que o Congresso substituísse suas ações com solução de longo prazo. “Se o Congresso me envia uma proposta que eu possa assinar essas ordens executivas desaparecerão”, disse o presidente.
Após ter prometido tomar uma ação executiva até o final do verão, Obama suspendeu seus planos até depois das eleições intermediárias de terça-feira (4). Os democratas, particularmente os senadores em estados conservadores, alertaram que qualquer ação administrativa poderia comprometer sua reeleição. No final, a maioria desses senadores perdeu de qualquer forma, fazendo com que os ativistas defensores da reforma tivessem esperado por nada.
Especialistas explicam que o Presidente Obama pode fazer muito mais do que as pessoas pensa, sem o apoio do Congresso, em relação ao sistema imigratório. Entre os pontos que a Casa Branca pode fazer sem sofrer retaliações da oposição, está o atraso indefinitivamente os processos para deportar milhões de imigrantes que já vivem no país, dando-lhes permissão de trabalho e carteira de motorista.
Os republicanos já avisaram que são contra a atitude de Obama e que a Ordem Executiva seria "como agitar uma bandeira vermelha na frente de um touro". O presidente disse que não se preocupa e sabe que alguns republicanos ficarão irritados e frustrados com qualquer ação executiva que ele tomar. “Mas eu vou fazer”, conclui.
Fonte: Da Redação