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Publicado em 12/12/2014 as 12:00am

Justiça libera as contas de sócio da Telexfree

Os promotores do escritório da Procuradora Carmen Ortiz, lutam contra uma recente decisão da Justiça dos Estados Unidos em conceder que James Merril tenha acesso à suas contas bancárias.

Os promotores do escritório da Procuradora Carmen Ortiz, lutam contra uma recente decisão da Justiça dos Estados Unidos em conceder que James Merril tenha acesso à suas contas bancárias. Ele é sócio da Telexfree e enfrenta julgamento por conspiração e fraude eletrônica.

Como argumento, os promotores afirmam que o dinheiro que está nas contas é oriundo de centenas de milhares de vítimas da Telexfree e deveriam ser utilizados para ressarci-las. A Procuradora foi contra a liberação, mas os advogados de Merril convenceram o juiz de que as contas não tinham ligação com o esquema.

Na terça-feira (09) estava marcada uma audiência no Tribunal Distrital de Worcester (Massachusetts), mas foi cancelada. Em vez disso, aconteceu uma conferência por telefone, cujo os resultados correm em segredo de justiça.

A decisão aconteceu nesta quinta-feira (11), quando um Juiz Federal decidiu liberar o aceso de Merrill às contas que estavam bloqueadas pela Justiça. Segundo dados fornecidos pelos promotores, as contas estão registradas em nome de Brazilian Help, Inc., empresa de telecomunicação aberta pelo brasileiro Carlos Wanzeler.

O valor contido nas contas são de US$421,115.00 e a Brazilian Help funcionava no mesmo prédio em que era a sede da Telexfree. No dia 18, acontecerá a primeira audiência criminal contra Merril.


O ESQUEMA

De acordo com as investigações, a TelexFREE arrecadou cerca de 90 milhões de dólares em Massachusetts e mais de um bilhão de dólares em todo o mundo. Entretanto, o relatório revela que “apesar do capital ser impressionante, as operações da TelexFREE são insustentáveis, sem um fluxo contínuo de capital novo. A base financeira da empresa é o recrutamento de novos membros e a postagem de anúncios na internet e não a venda de serviços de telecomunicação por Voip”.

O esquema surgiu inicialmente em 2009, montado pelo capixaba Carlos Wanzeler, através de um site denominado de Disk à Vontade. Para entrar no jogo, a pessoa tinha que pagar de US$ 200 a US$ 1.000 dólares. Depois, colocar publicidade em sites de Internet dos serviços de VoIP (telefonia pela Internet) da Telexfree. Por cada publicidade colocada, a pessoa receberia US$ 20.

Acontece que toda a remuneração dos primeiros da fila era bancada pelos últimos que entravam – como em toda pirâmide, levando ao “estouro da boiada” depois de algum tempo.

A versão inicial do golpe demorou um pouco a decolar devido à falta de confiabilidade na empresa. Wanzeler deu o segundo passo. Foi até os Estados Unidos, localizou uma pequena empresa de VoIP e tornou-se sócio dela. A empresa tinha um pequeno escritório virtual em um grande prédio de Massachusetts. No site da TelexFree o prédio era apresentado como se fosse totalmente da empresa. E o sócio norte-americano, James Merril, como se fosse um gênio do marketing.

A publicidade da TelexFree ganhou impulso quando passou a veicular que a TelexFree americana era uma multinacional que existia desde 2002.

O passo seguinte foi arregimentar várias pessoas espalhada por todo o país, as quais montaram sites usando o nome da TelexFree na URL (o endereço da Internet). E inundaram o You Tube com vídeos vendendo as maravilhas do enriquecimento fácil.

Fonte: Da Redação

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