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Publicado em 15/12/2014 as 12:00am

DETERMINAÇÃO: A história de um brasileiro que se tornou Special Police em NC

Brasileiro morou em Massachusetts e conta sua trajetória até se tornar policial

O carioca Marcos Bonfim é um destes brasileiros que podem dizer que “fez a América”. Atualmente, ele é Special Police com escritórios em Monroe e Charlotte Carolina do Norte). O brasileiro conta como foi decidiu se mudar para os Estados Unidos, as dificuldades que atravessou e como é ser policial.

Marcos nasceu em Madureira (Rio de Janeiro) e foi criado em Pilares, Ele trabalhava como vendedor da Gillette no Brasil e em 1982 ganhou um concurso para assistir aos jogos da Copa do Mundo, na Espanha. ”Foi nesta viagem que me despertou a vontade em conhecer novos países, culturas diferentes e pessoas de outras nacionalidades”, explica o seu desejo em se mudar para os Estados Unidos.

Quando voltou ao Brasil, ele conversou com um amigo que tinha um irmão que morava em Massachusetts. “Eu pedi o telefone dele e logo entrei em contato para saber mais detalhes sobre como era morar no país, as dificuldades e outras curiosidades. Eu era casado e tinha um casal de filhos. Por isso tinha que analisar cuidadosamente a mudança”, continua.

Um ano, depois de vender imóveis, carros e outros bens, Marcos estava se mudando para Massachusetts, e lembra que logo que cegou, enfrentou um dos invernos mais frios de sua vida. “A temperatura ficava 20 graus abaixo de zero. Isso foi assustador e ao mesmo tempo fascinante, pois a neve cria uma paisagem deslumbrante”, fala ele.

A ideia inicial era aprender inglês como segunda língua, retornar ao Brasil e seguir carreira na Gillette. Após um ano de estudos, em Massachusetts, ele teve a oportunidade de se mudar para o Kentucky. A igreja Batista, a qual Marcos era membro, foi quem lhe propôs dar continuidade nos estudos. Dois anos depois ele conquistou o Bacharel em Cuidados Pastorais.

Após estes dois anos, ele foi convidado pela Convenção Batista de New England para assumir iniciar uma igreja de língua portuguesa em Fall River (Massachusetts). Marcos lembra que naquela época não existia igreja que falasse o idioma português. Depois de algumas considerações, o carioca iniciou os trabalhos e neste mesmo tempo aplicou para fazer mestrado em Consulting em uma universidade.

Neste mesmo período, a Convenção Batista, através de um advogado, solicitou o Green Card do brasileiro. Isso porque ele entrou no país com Visto de Estudante.

Mas pouco tempo depois recebeu uma carta da universidade cancelando a a aplicação sob a alegação de que o brasileiro não tinha documentos apropriado para a sua permanência no país. Diante disso, ele procurou o advogado que lhe garantiu estar tudo certo. “Eu vivi um impasse, pois de um lado os diretores da universidade não aceitavam a minha documentação e o advogado dizia que não tinha nada errado”, fala ressaltando que pegou toda a papelada e foi direto a um escritório de Imigração em Boston.

Quando Marcos chegou ao escritório, foi informado por uma pessoa de que ele estava vivendo ilegalmente no país desde Kentucky. “A mulher me disse que quando a minha permanência venceu eu tinha 30 dias para renová-la ou retornar o Brasil”, fala. “Ela disse que o advogado aplicou para o Green Card, mas o certo deveria ser para Work Permit com Visto Religioso”, continua.

Imediatamente, Marcos procurou a diretoria de sua igreja para relatar o ocorrido e informar que daria sete dias para que a situação fosse resolvida. “Eu não queria ficar ilegal no país”, afirma ressaltando passado o período e nada solucionado, ele decidiu regressar.

Quando retornou ao Brasil, seus filhos sentiram muita dificuldade de se readaptarem o menino ficou relutou muito em voltar a falar português. Marcos começou trabalhar em uma distribuidora que vendia vários tipos de produtos, tais como arroz, ração animal e outras.

O brasileiro se mudou para São Paulo e cinco anos depois, a Igreja Batista iniciou uma parceria com a igreja Batista da Carolina do Norte, onde vários membros norte-americanos eram distribuídos em várias igrejas de São Paulo. Marcos e a esposa atuavam como intérprete e foi ai que surgiu a nova oportunidade de regressar aos EUA.

Uma associação da igreja o convidou para colaborar e continuar sua educação nos EUA e se tornar um missionário. Marcos afirma que relutou muito, mas um ano e meio depois da oferta decidiu ir.

Em 1991, Marcos estava novamente morando nos Estados Unidos e agora fez tudo certo para regularizar seus documentos. Ele conclui bacharelado em Educação Religiosa e em Ministérios. Neste tempo, a Associação Batista o contratou para atuar na área de abrir igrejas internacionais em várias partes do país, onde atuou por oito anos.

Foi justamente isso que o aproximou da carreira policial. Marcos lembra que estava em seu escritório quando entraram um policial e um sargento. Eles disseram que precisavam de minha ajuda, pois sabiam de minha influência nas comunidades imigrantes.

Nesta época, Marcos fazia parte de vários conselhos municipais, entre eles o econômico, de saúde e comunitários. “Eles me convidaram para fazer parte de um grupo que deveria se reunir duas vezes por mês e analisar a atuação da policia em relação às comunidades imigrantes”, explica.

Foi nestas reuniões que Marcos percebeu a necessidade de um policial que falasse a língua e conhecesse a cultura do imigrante. Por isso ele decidiu ser um “policial voluntário”, que acompanha o oficial, mas não usa arma nem pode agir. “Eu ficava oito horas acompanhando todo o trabalho e isso foi me fascinando”, fala.

Marcos lembra que uma vez foi atender um chamado onde um hispano levou cinco tiros. “Eu fui colocado para falar com ele. O policial me passa as perguntas e eu traduzia, mas o homem não conseguia responder”, fala ressaltando que a vítima não morreu.

O tempo foi passando e Marcos descobriu que era aquilo que queria fazer. Ele entrou para uma academia de polícia e hoje ele é o policial da Carolina do Norte com mais hora de treinamento. (dados obtidos no Canal Perguntas no Yout Tube)

Fonte: Da Redação

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