Publicado em 9/01/2015 as 12:00am
Brasileira presa em Somerville é acusada de outros crimes
Uma das vítimas dos golpes de Cristina foi o hair stylist Charles Sudré, que trabalha no Star´s Hair Design, em Everett.
Após a publicação da matéria no site e na página do Facebook do jornal, várias pessoas entraram em contato com a redação para denunciar outros crimes que teria sido praticado por ela. Alguns demonstravam estarem revoltados pelo fato de Cristina estar manchando a imagem da comunidade brasileira nos Estados Unidos.
Uma das vítimas dos golpes de Cristina foi o hair stylist Charles Sudré, que trabalha no Star´s Hair Design, em Everett. Ela relatou que Cristina foi até ele há oito anos e pediu para que ele fizesse uma extensão capilar. O serviço foi pago com um cheque no valor de US$1,250.00 e depois o profissional descobriu que não tinha fundos.
Charles acrescenta Cristina disse para ele que trabalhava como enfermeira na cidade de Framingham. “Eu a procurei depois para saber sobre o valor do cheque e como ela pagaria a despesa, mas me deu algumas desculpas e disse que me pagaria”, afirma. “Depois disso ela desapareceu”, continua.
Além de fazer a extensão capilar, Cristina comprou alguns produtos que eram vendidos no salão que Charles trabalhava. “Além de estar me devendo, ela me pediu US$40 emprestado, o qual seria pago junto com o valor do cheque”, fala ressaltando que emprestou o dinheiro, o qual segundo a acusada, seria utilizado para abastecer o carro e se alimentar.
Outra vítima dos golpes de Cristina foi a cabeleireira E.S, que pediu para omitir seu nome. Ela disse que a brasileira lhe procurou para uma aplicação de mega hair. O valor do serviço de foi de US$700.00, valor pago, novamente, com um cheque sem fundo. “Eu o depositei duas vezes, mas a conta não tinha dinheiro para cobrir o valor”, ressalta.
Tanto no primeiro caso, quanto neste, a conta no cheque estava em nome de Cristina. “Eu a cobrei algumas vezes e sempre ela falava que tinha dinheiro na conta, mas não sabia porque o banco não pagava”, explica.
A PRISÃO
Cristina teria passado a noite com um conterrâneo identificado por João e aproveitou a oportunidade para roubar o seu cartão do banco. Ela teria gasto cerca de US$50.00 em estabelecimentos comerciais e tentado enviar aproximadamente US$3 mil para uma conta no Brasil através da Xoom.
Depois que soube que era ela quem o roubou, João procurou a polícia e preparou uma armadilha para Cristina. “Eu liguei para ela, como se nada tivesse acontecido e como se eu não soubesse que era ela quem estava usando o cartão. Nós conversamos e marcamos de almoçar em Somerville na manhã desta terça-feira, dia (06)”, disse.
João fala que pediu para Cristina o esperar na Target, onde ele a pegaria e a levaria para almoçar. Mas o mineiro já tinha armado com a polícia e investigadores estavam esperando a acusada no local. Os policiais esperaram que ela entrasse na loja para não ter como fugir. Neste momento, eles deram voz de prisão e a acusada disse aos oficiais que estava ali para se encontrar com um amigo, que seria o mineiro.
GOLPE DA HOUSE CLEANER
Outras pessoas que reconheceram Cristina na matéria publicada no BT foram algumas proprietárias de schedule de limpeza de casas. O brasileiro Leão de Souza publicou um comentário onde afirma que ela usava o nome de Stelamara e pediu “help” para trabalhar na limpeza de residências.
A ação de Cristina só foi descoberta quando uma proprietária percebeu algo errado e deixou US$30.00 no banheiro. Depois pediu para que a acusada limpasse o cômodo. Após o trabalho feito, ela foi conferir e percebeu que o dinheiro havia sumido.
Outra proprietária de companhia de limpeza também passou o mesmo problema com esta brasileira. Mas dessa vez, ela teria roubado joias de uma cliente que está pressionando da dona do “schedule” para reaver o produto. “Como ainda é uma suspeita, o caso foi entre nas mãos da policia de Brookline”, afirma ela que prefere omitir seu nome.
OUTRO GOLPE
João fala que além de roubar o seu cartão, a brasileira lhe fez uma proposta de abrir uma empresa para comprar carros no leilão e revende-los. “O valor da licença é de US$800.00 e ela me pediu US$400.00 e disse que pagaria o restante”, fala ressaltando que retirou o dinheiro em um caixa e entregou para Cristina. “Ela não comprou a licença e nem me devolveu o valor”, afirma.
Fonte: Da Redação do Brazilian Times | Reportagem de Luciano Sodré