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Publicado em 12/01/2015 as 12:00am

Casal de brasileiros denuncia exploração no trabalho em Boston

Centro do Imigrante Brasileiro (CIB) abriu as portas e quer ajudar a resolver o caso

A capixaba Gleyde Anne e seu esposo Vitor Keller entraram para a lista dos brasileiros que são vítimas de uma atividade que ganhou o apelido de “trabalho escravo”. Os dois receberam a indicação de uma mulher estaria precisando de pessoas para trabalhar. Eles ligaram para a pessoa, proprietária de uma empresa de limpeza de casas e carpetes.

A mulher que atendeu, identificou-se por Miriam, e combinou com o casal de pagar US$10.00 por hora, o qual teria que lavar três apartamentos no Cityview Residential, em Boston, que estavam vazios. “Eu e meu marido passamos o dia todo limpando, começamos às 8 horas e concluímos o serviço às 18 horas”, fala ressaltando que após o término do trabalho, a contratante disse aos dois que não os pagaria porque eles não tinham Social Security.

Mas Gelyde afirma que a contratante não exigiu o documento no ato em que firmou o contrato. “Ela sabe que muitas pessoas aqui não têm este documento e deveria ter nos perguntado antes e não ter-nos feito de escravos”, se revolta. “O valor horas trabalhadas ficou em US$100.00 para cada um. Não é muito, mas para quem chegou aqui ontem e precisa se firmar no mercado, isso é muito sim”, continua.

Gleyde está nos Estados Unidos há pouco mais de dois meses e seu marido há uma semana. Ela relata que depois do ocorrido, tentou conversar com a tal Mirian, mas não teve acordo. “Ela me xingou e disse que não pagaria porque eu não tenho o tal documento”, fala ressaltando que ela não responde às mensagens enviadas por telefone e no Facebook.

A capixaba disse que tem provas de que trabalhou e tem o contato do gerente dos apartamentos que limpou. “Ele tinha que inspecionar como estava o trabalho e por isso nos viu trabalhando. Ele é a prova de que fizemos o serviço”, disse. A reportagem do jornal Brazilian Times tentou entrar em contato com Mirian, a proprietária da empresa, mas ela não respondeu a nenhuma das tentativas.


VIOLAÇÃO DAS LEIS

A Diretora-Executiva do Centro do Imigrante Brasileiro (CIB) foi contatada pela redação e falou que este tipo de irregularidade é comum e que muitos imigrantes, por medo, acabam não procurando os seus direitos. O primeiro ponto levantando por ela é que o trabalhador tem todos os direitos, independente de sua situação no país. “Se você trabalhou, tem o direito de receber por isso”, explica.

Em relação à exigência do Social Security, Natalícia disse que não existe lógica nisso. “Se ela só pagaria mediante a apresentação do documento, deveria ter avisado antes do trabalho ser executado”, continua.

Natalícia afirma que a patroa está violando as leis do trabalho se negando a pagar o serviço e pode ser penalizado por isso. “Abrimos as portas do CIB para ajudar este casal e os dois podem nos procurar a qualquer momento”, fala concluindo que os profissionais da entidade darão total suporte para resolver o caso, inclusive tentar contato com a contratante.

Fonte: Da Redação do Brazilian Times | Reportagem de Luciano Sodré

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