Publicado em 25/02/2015 as 12:00am
Mais um esquema de pirâmide envolvendo brasileiros em MA
A DFRF Enterprises começou a funcionar em Massachusetts em julho do ano passado por Daniel Fernandes Filho e, segundo informações, a empresa tem sede em Boston e em Framingham.
Segundo uma queixa apresentada pelo advogado Evans J. Carter, ao Tribunal Superior de Justiça de Framingham, a DFRF Enterprises se apresenta com ares de legitimidade, “mas é na verdade uma entidade fraudulenta”, cujo principal negócio é a execução de um esquema de pirâmide que visa iludir brasileiros, norte-americanos e outras minorias.
A DFRF Enterprises começou a funcionar em Massachusetts em julho do ano passado por Daniel Fernandes Filho e, segundo informações, a empresa tem sede em Boston e em Framingham. No site dela, é descrito uma série de produtos de serviços financeiros, incluindo gestão de ativos e riquezas. "Nós oferecemos uma gama completa de soluções exclusivas para ajudar os clientes a alcançar suas metas", disse a empresa. "Damos recomendações, emprestamos dinheiro, levantamos recursos, oferecemos ajuda e prolongamos a liquidez", continua.
Segundo o advogado que apresentou a queixa, disse que o esquema é uma verdadeira fraude acredita que os responsáveis não vão nem tentar se defender. Segundo o processo, a DFRF Enterprises prometeu a clientes de Carter, dois homens que moram em Gloucester e colocaram US$80 mil e US$100 mil cada um, retornos anuais de até 15% dos investimentos deles.
Mas segundo o advogado, o rendimento das empresas de DFRF era insuficiente para satisfazer os pagamentos prometidos aos membros. Carter acrescenta que a empresa, que tem sede na Flórida, ampliou o marketing de recrutamento em Massachusetts em meados de 2014, e com isso tem conseguindo "obter dezenas de milhões de dólares" de clientes neste estado.
Carter alega que a DFRF fixou como alvo principal os brasileiros que vivem na área de Framingham, bem como agiu duas outras empresas (Telexfree e Wings), as quais o governo determinou o encerramento de suas funções no ano passado depois de alegações de que elas estavam operando esquemas de pirâmide.
Carter também representou algumas vítimas nos casos da Telexfree e da Wings.
Agora, em mais uma acusação, ele afirma que a DFRF de fraude, enriquecimento ilícito, conspiração civil e violação da Lei Federal RICO. No processo, consta que Daniel já teve problemas anteriores com um esquema de pirâmide na Flórida e que foi obrigado encerrar suas atividades. Registros do Tribunal Distrital dos Estados Unidos mostram ele estava entre os réus condenados a perder dezenas de contas contendo milhões de dólares, bem como carros de luxo e centenas de barras de ouro, em conexão com um esquema de pirâmide, em 2009.
Brian McNiff, porta-voz do secretário de Estado William Galvin, disse que o escritório não tinha nada a dizer, ainda, sobre a DFRF e que tudo se trata apenas de uma denúncia. A redação do BT tentou entrar em contato com os responsáveis da empresa, através de um telefone que eles disponibilizam no site, mas não obteve êxito.
Fonte: Da Redação