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Publicado em 22/05/2015 as 12:00am

Pai de brasileira de Nashua (NH) morre atropelado em CT

Márcio da Silva estava de costas quando foi atingido por um caminhão de lixo que passou com as rodas sobre ele

O brasileiro Márcio da Silva, 58 anos, que morava em Danbury, morreu depois de ser atropelado por um caminhão de lixo dentro da empresa que trabalhava, a WinterBros, que atua com reciclagem e fica na White Street.

Segundo informações do Departamento de Polícia local, o acidente aconteceu pouco antes das 7:00 am do dia 13 de maio. Ele foi dado como morto no local e a condutora do caminhão, Sylvie Dzamko, 46, ficou em estado de choque e foi levada ao hospital.

Em entrevista exclusiva e emocionada ao jornal Brazilian Times, a filha de Márcio, a baby-sitter Julyane Ferreira, contou como tudo aconteceu. Ela mora em Nashua (New Hampshire) e disse que seu pai residia nos Estados Unidos há cerca de 25 anos e sempre morou em Danbury. “Ele trabalhava nesta companhia há 20 anos”, disse ela.

A princípio, a ideia era realizar o sepultamento do corpo nos Estados Unidos, mas como a esposa de Márcio está no Brasil e não conseguiu autorização para vir aos Estados Unidos, a filha decidiu enviá-lo para ser enterrado em Vila Velha (Espírito Santo). “Minha mãe está em processo de legalização e tentamos agilizar um visto para que ela viesse dar o último adeus ao meu pai, mas não conseguimos”, disse explicando o motivo do translado.

Como Márcio fez muito amigos ao longo destes 25 anos morando nos EUA, a filha optou por fazer um velório antes de enviar o corpo. “Muitos me pediram para que eu fizesse isso para terem a oportunidade de se despedir dele”, continua. A cerimônia aconteceu na quinta-feira (15) e o corpo será transladado no domingo (24). “Ele já está em New York, mas eu pretendo sair primeiro e chegar um dia antes para conversar e confortar a minha mãe”, fala.

Julyane ficou sabendo da morte do pai através do irmão que mora no Brasil. Ela explica que um tio, irmão de sua mãe, tentou avisar do ocorrido, mas não conseguiu. “Ele ligou para meu esposo, que não atendeu por estar falando com o pai dele no Brasil”, continua. Como não teve contato, o tio ligou para os parentes de Márcio, em Governador Valadares (MG), para que aviassem a esposa dele em Vila Velha. “Só depois que meu irmão conseguiu me contatar”, fala.


Como foi o acidente

Segundo Julyane, Márcio chegou para trabalhar por volta das 6:30 am, no dia 13. Ele estava encarregado de administrar uma área da empresa e cuidar de uma enorme máquina que separa o lixo. Em certo momento, o brasileiro pediu a um funcionário que realizasse um serviço, virou as costas e saiu caminhando. “Mas não percebeu que um caminhão de lixo vinha em sua direção, de marcha ré”.

Ninguém sabe informar se o alarme de ré do veículo estava funcionando e mesmo se tivesse, ficaria difícil ouvir devido ao barulho da máquina que separa o lixo. Foi o que disse a filha, ressaltando que também não tinha ninguém orientando a condutora do veículo. “Ela só percebeu que passou em cima do meu pai quando colocou o caminhão onde deveria e desceu”, conta.

Sylvie Dzamko começou a gritar e pedir ajuda. Imediatamente acionaram uma ambulância, que ao chegar ao local declarou que o brasileiro já estava morto. Devido a isso, a polícia fechou a empresa e todos os funcionários ficaram para testemunhar, com exceção da motorista que foi levada ao hospital local devido ao seu estado de choque. “Ela era amiga do meu pai há 20 anos”, disse a filha.


Quem é Márcio

Márcio da Silva nasceu no Rio de Janeiro, mas foi criado em Santa Catarina. Como o pai dele era marinheiro, a família mudava sempre de local. Foi em uma destas viagens que ele decidiu se mudar para Vila Velha, no Espírito Santo. Há 25 anos ele decidiu se mudar sozinho para os Estados Unidos e fixou residência em Danbury.

Nesta época, Julyane tinha nove anos de idade. Quando ela completou 12, a mãe também se mudou para a América, junto um irmão. Aos 14 anos, foi a vez dela se mudar.

Ela também morou em Danbury e só saiu da cidade porque o esposo era de Nashua (NH). Depois de alguns anos, ela conseguiu se legalizar e através dela o seu pai também obteve o Green Card. “Depois que ele pegou o documento, entramos com o processo para tornar a minha mãe legal neste país. Ela voltou ao Brasil para esperar o processo”, explica.


Família pede ajuda

Como a morte de Márcio pegou a família de surpresa, ninguém estava preparado para as despesas que surgiram. A empresa onde ele trabalhava se propôs arcar com as despesas do funeral, incluindo os preparativos do corpo, gastos com a casa funerária e o translado do corpo ao Brasil. Mas segundo Julyane, a direção da White Bros informou no início desta semana que não pagaria os custos do translado até Vila velha.

Diante disso, a situação da família ficou complicada, pois não estava preparada para este fato. A amiga Jackie Souza propôs à Julyane que iniciasse uma campanha para levantar o dinheiro. A primeira coisa que elas fizeram foi abrir uma conta no GoFund Me com o objetivo de levantar a quantia de US$ 10 mil para cobrir todas as despesas. Os interessados em colaborar podem entrar no site www.gofundme.com/va244g4 e fazer uma doação de qualquer valor.

Aqueles que não conseguirem fazer o depósito online, podem entrar em contato com Jackie através do telefone (978) 333-0197 ou enviar e-mail para jacke_didier@hotmail.com

Fonte: Da Redação

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