Publicado em 15/06/2015 as 12:00am
Mineiro acusa companhia americana de discriminação
Empresário prestava serviços para a TJC Painting Contractors, mas disse que ela rompeu contrato sem motivos
Sandro, que é representado pelo advogado Peter Thos Hansen, com escritório em Warrenton (VA), afirmou que no canteiro de obras eram constantes os comentários pejorativos feitos pelos outros trabalhadores sobre os brasileiros e que, de repente, eles foram literalmente expulsos do local.
Brito acrescentou que após a saída dos brasileiros foi hasteada no local uma bandeira americana. Os brasileiros executaram o trabalho entre setembro e dezembro de 2012, até serem dispensados sem motivo aparente. Em maio de 2013, Sandro apresentou formalmente a acusação de discriminação, nº 524-2013-00321, ao USE Employment Opportunity Commission – Greenville Local Office, na Carolina do Sul. A denúncia teve como base os constantes comentários pejorativos feitos contra os trabalhadores brasileiros e outros não americanos no canteiro de obras.
Na ação judicial, caso nº CL 13-0402 contra as empresas TJC Painting Contractors INC., United Contractors LLC. e United Infrastructure Group INC., Sandro alega ter sofrido o prejuízo de pelo menos US$ 332.700. Em abril de 2014, durante um acordo, a empresa acionada ofereceu pagar um valor muito abaixo do estipulado. A Tetiplaca executava trabalhos nos condados de Louisa, Waynesboro e Fauquier, na Virgínia.
Em entrevista esta semana, Brito ressaltou a importância de lutar por seus direitos, independentemente da barreira do idioma ou status migratório. Segundo ele, a tensão no canteiro de obras piorou depois que eles convocaram a presença de sindicalistas no local, o International Union ofPaintersandAlliedTraders, AFL-CIO DistrictCouncil Nº 51.
“Esse país tem leis e elas devem ser respeitadas. As pessoas não têm que ter medo de lutar por seus direitos”, disse Sandro. “Se ficássemos quietos, os abusos certamente iriam continuar”.
Sandro e o funcionário Ivo Sales, que também atua no caso como tradutor para o inglês aguardam a audiência final para o final de 2015, na Virgínia, e demonstraram confiança que vencerão essa batalha judicial. “É importante que as pessoas lutem por seus direitos. Espero que o meu caso sirva de exemplo para outros trabalhadores que forem injustiçados”, disse Brito.
Fonte: Da Redação