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Publicado em 16/10/2015 as 12:00am

Brasileiro é condenado a prisão perpétua pela morte de ex-namorada em Marshfield (MA)

A sentença foi aplicada nesta quarta-feira (14) e o crime aconteceu em setembro de 2011 e a vítima morreu após ser emboscada pelo assassino e levar 10 facadas.

Da redação

Após cerca de duas horas de deliberação, o júri do Tribunal Superior em Brockton (Massachusetts) decidiu condenar o brasileiro Marcello (Branco) Almeida pela o assassinato em primeiro grau de sua ex-namorada Patrícia Froes. O crime aconteceu em setembro de 2011 e a vítima morreu após ser emboscada pelo assassino e levar 10 facadas.

Com a decisão, o brasileiro foi sentenciado a prisão perpétua sem chances de liberdade condicional, conforme determinação do Juiz Thomas McGuire, que convidou membros da família da vítima para acompanhar o julgamento.

“Ele tirou um pedaço de mim”, disse Rosale Teixeira, mãe de Patrícia, que viajou do Brasil para testemunhar e participar de boa parte do julgamento. Ela chorou enquanto falava através do mesmo intérprete que traduziu os outros testemunhos na terça-feira (13).

Durante o seu testemunho, sob o banco das testemunhas tinha uma peça horrível entre as provas, a blusa manchada de sangue que Patrícia vestia no dia em que foi morta. A mãe enxugou as lágrimas várias vezes ao ver a roupa da filha.

Marcello, que também chorou e soluçou muitas vezes durante o seu depoimento na terça, abaixou a cabeça durante a leitura do veredito. Após o anúncio da sentença, o brasileiro foi algemado e acorrentando. Ele foi transferido para o Massachusetts Correctional Institution, no Cedar Junction, em Walpole. A mãe da brasileira e outros membros da família e amigos abraçaram e agradeceram a Promotora do Condado de Plymouth, Sharon Donatelle.

Horas antes do anúncio da sentença, Donatelle havia dito aos jurados que o assassinato cometido por Marcello foi um ato cruel de extrema atrocidade e que algumas das 10 facadas penetraram até seis polegadas do corpo da vítima. "Seus últimos momentos foram de horror, pânico e pedidos por socorro", disse a Promotora durante os seus argumentos finais nesta quarta-feira.

O advogado de defesa, Jack Atwood, argumentou que seu cliente deveria ser condenado por homicídio culposo, mas não por um assassinato premeditado, que culmina em crime de primeiro grau e dá uma pena mais severa. “Ele agiu provocado pela declaração de Patrícia quando ela disse que tinha dormido com outro homem”, disse. “Todos podemos ver que Almeida está falando a verdade e que não a emboscou. Apenas queria conversar e ela o indignou quando proferiu estas palavras”, continuou.

Já a Promotora contestou o argumento e disse que o brasileiro tinha intenção de matar a ex-namorada há algumas semanas antes do crime. Para justificar sua tese, ela lembrou aos jurados os depoimentos de testemunhas e amigos que afirmaram que Marcello tinha dito que faria uma loucura com Patrícia.

Uma testemunha disse que em um episódio, algumas semanas antes do assassinato, Marcello tinha dito que pegou uma faca quando Patrícia se trancou no banheiro do apartamento em que eles moravam juntos. "Ele disse ao amigo que ‘poderia ter matado ela se porta não estivesse trancada’", disse Donatelle aos jurados.

Falando através de um intérprete, Marcello negou em seu depoimento, na terça-feira, a história de que pegou uma faca no referido episódio. Mas admitiu que esfaqueou a ex até a morte, alegando que foi um crime baseado em “ajuste da paixão”.

Para chegar a decisão, o júri formado por nove mulheres e cinco homens, ouviram seis dias de testemunho emocionante e às vezes perturbadores. Marcello e seu advogado tem 30 dias para recorrer da condenação.

 

VIOLÊNCIA À MULHERES IMIRANTES

A punhalada fatal em Patrícia também chamou a atenção para a questão das mulheres imigrantes que são vítimas de violência doméstica e, incapazes de encontrar qualquer tipo de ajuda policial ou em abrigos locais. Muitas temem procurar as autoridades por estarem vivendo ilegalmente no país.

Estudos baseados em dados coletados entre 1993 e 2009 descobriram que 28 por cento das mortes ocasionadas por violência doméstica em Massachusetts, envolviam vítimas imigrantes, mesmo que os imigrantes constituem apenas 14 por cento da população do estado.

Fonte: Brazilian Times

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