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Publicado em 3/02/2016 as 12:00am

ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS

Hillary Clinton promete defender imigrantes se for nomeada pelos Democratas

As primárias para as eleições presidenciais dos Estados Unidos começaram, nesta segunda-feira (1º), e ambos os partidos, Democrata e Republicano, iniciaram o processo de escolha de quem representará cada grupo. A imigração ilegal e a defesa das classes minoritárias foi o assunto de alguns dos presidenciáveis.

Do lado democrata, a ex-Chefe de Estado Hillary Clinton e o Senador Bernie Sanders terminaram empatados na primeira etapa, em Iowa. Os dois tem praticamente o mesmo discurso e defendem as classes mais pobres e a minoria que vive no país.

Em seu discurso, Hillary afirmou que tem todos os atributos e potencial para “proteger os direitos das mulheres, homossexuais, trabalhadores e imigrantes”. Ela também citou o combate ao aquecimento global. “Mas para isso preciso ganhar a nomeação e disputar a presidência deste país”, disse.

A Democrata também acrescentou que o seu partido defende o que é melhor para os EUA e que todos devem se unir contra os Republicanos, cujo objetivo é dividir o país. “Eu não deixarei que eles destruam o progresso que conquistamos ao longo dos anos”, afirmou.

Do lado Republicano, o senador Ted Cruz venceu o polêmico e “anti-imigrante” Donald Trump. Mesmo assim, o empresário que quer pôr fim a imigração ilegal e promover uma deportação em massa no país, disse que está derrota não o abalará e no final será o indicado do partido.

 

Entenda como funciona as primárias dos EUA

Não é fácil entender como é realizada a eleição do presidente dos Estados Unidos. O processo eleitoral americano dura quase um ano. Na primeira etapa, chamada de primárias, são escolhidos os candidatos que irão disputar a Casa Branca pelos partidos democrata e republicano. Nas eleições de 2016, as primárias começaram oficialmente em 1° de fevereiro, no estado de Iowa, e se encerram em 14 de junho, em Washington D.C. Depois das primárias, ocorre a campanha eleitoral e, na sequência, a eleição, marcada para 8 de novembro.

Vamos então ao início do processo. Como funcionam as primárias? Ao contrário do Brasil, onde a participação na decisão sobre qual será o candidato à presidência da República de cada partido é restrita, nos Estados Unidos ela envolve milhares e milhares de eleitores. Para eleger seus candidatos, o partido republicano e o partido democrata realizam eleições entre seus filiados em todos os estados americanos. A participação popular é tão valorizada que em alguns estados mesmo os americanos não filiados aos partidos podem votar nas primárias. Ou seja, um eleitor que não é republicano pode votar na primária republicana em algumas regiões do país.

As primárias acontecem de forma escalonada, em dias diferentes, até junho. As datas são fixadas pelos estados e pelas direções dos partidos. Existe ainda a tradicional Super Tuesday. Uma terça-feira em que vários estados realizam primárias simultaneamente. A data é considerada crucial e, neste ano, acontece no dia 1º de março.

Entendeu? Pois agora complica um pouco. São feitas as eleições regionais. Mas como é decidido o vencedor em nível nacional? A resposta não é simplesmente somar o número de estados em que cada candidato ganhou e ver quem levou mais estados. Ou fazer uma contagem total dos votos.

O processo eleitoral americano se preocupa em equilibrar a influência dos estados no rumo político da nação, de acordo com o número de habitantes que neles moram. Portanto, ganhar as primárias na Califórnia não tem o mesmo peso de sair vitorioso no Alaska.

Como é feito esse cálculo, então? Cada estado tem direito a um determinado número de delegados. Esse número é definido principalmente pela população do estado - quanto mais gente, mais delegados. Porém, alguns estados podem ganhar delegados adicionais como um bônus, de acordo com certos critérios determinados pelos partidos. São esses delegados que votarão na convenção nacional do partido para definir quem será o candidato à presidência.

Neste ponto, há uma diferença bastante importante na maneira como democratas e republicanos fazem a escolha de seu candidato. No caso dos democratas, os delegados de cada estado são divididos proporcionalmente, de acordo com os resultados das primárias. O cálculo para se chegar a essa proporcionalidade é complexo. Mas, via de regra, ela fica muito próxima de um para um. Por exemplo: se Hillary Clinton receber 60% dos votos num estado e Bernie Sanders 40%, Hillary leva cerca de 60% dos delegados e Sanders, 40%. Se o estado tiver 10 delegados, Hillary ganha 6 e Sanders 4. O placar para a convenção nacional do partido democrata fica em 6x4. 

No caso dos republicanos, as regras variam de estado para estado. Em alguns, aplica-se a mesma regra de proporcionalidade dos democratas. Em outros, o vencedor leva todos os delegados daquele estado. Há ainda sistemas híbridos, que misturam os dois tipos de regras.

 

Fonte: braziliantimes.com

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