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Publicado em 1/06/2016 as 5:00pm

Atlanta é um dos piores lugares para indocumentados

Os juízes do Departamento de Justiça na jurisdição negaram asilo em 98% dos casos durante o ano fiscal de 2015

Depois que agentes do Departamento de Imigração (ICE) prenderam 336 indocumentados, uma considerável parte de adolescentes que entraram clandestinamente nos EUA desacompanhados, numa série de batidas realizadas no início de 2016, vários ativistas entraram em ação. Eles enviaram petições e contataram as autoridades federais. As mensagens tinham um teor parecido: Muitas das crianças detidas pelos agentes foram em Atlanta (GA). Mais de um terço das pessoas detidas durante a realização da operação “Guardião da Fronteira” (Border Guardian) estavam na região metropolitana de Atlanta, ou seja, mais do que qualquer outra jurisdição do ICE.

Há uma razão para isso. As leis de imigração não variam de estado para estado, mas os imigrantes sim e, conforme as estatísticas, Atlanta é um dos piores lugares do país para ser um indocumentado que tenta evitar a deportação. Os juízes do Departamento de Justiça naquela Corte negaram asilo em 98% dos casos no ano fiscal de 2015, a maior porcentagem de qualquer tribunal que avaliou pelo menos 5 casos. Cerca de 88% dos casos levados à Corte de Imigração de Atlanta terminaram em ordem de deportação; um número muito acima da média nacional. No geral, os juízes negam cerca de 52% dos pedidos de asilo em todo o país e 69% desses casos resultam na emissão de ordem de deportação.

Os juízes em Atlanta foram acusados de perseguir as crianças, classificar vítimas de violência doméstica e estabelecerem parâmetros tão elevados nos casos de pedido de asilo que é quase impossível cumpri-los. Devido à relutância dos juízes em Atlanta em conceder o asilo, alguns imigrantes que temem ser mandados de volta aos seus países de origem sequer aplicam.

Nos próximos meses, o ICE planeja realizar mais batidas migratórias na busca por centro-americanos que entraram clandestinamente nos EUA depois de 1 de janeiro de 2014. O órgão não detalhou onde concentrará seus recursos, apenas informando que focalizará as pessoas que tiveram os pedidos negados e esgotaram os recursos no tribunal. Em Atlanta, isso significa quase todos os casos.

Agentes da Patrulha da Fronteira prenderam cerca de 68.500 menores viajando desacompanhados de seus pais durante o ano fiscal de 2014.

Fonte: Brazilian Voice

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