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Publicado em 8/06/2016 as 4:00pm

DRAMA CONTINUA - Brasileira segue luta para rever marido preso na Florida

Wagno Silva foi liberado do hospital psiquiátrico e transferido para uma unidade prisional de imigração

A brasileira Juliana Silva, que mora em Serra (Espírito Santo), segue com sua luta para tentar rever o marido que foi preso após tentar entrar ilegalmente nos Estados Unidos. Em uma publicação no Facebook, ela afirmou que conversou com Wagno Silva nesta segunda-feira, dia 06. “Falei com ele e novamente me disse que não vai aceitar anistia alguma, pois não vai deixar eu passar pelo que ele está passando. Ele só quer voltar para que possamos retomar nossas atividades”, disse, agradecendo o apoio que tem recebido por parte dos amigos.

Juliana também desmentiu as notícias de que o Consulado está colaborando para ajudar no caso. “Brasil não tem poder nenhum dentro dos EUA. As informações que são publicadas, estão sendo colhidas por nós, porque o consulado só diz que mantém contato comigo, o que é mentira”, acrescenta.

Segundo ela, na sexta-feira (03) o marido recebeu alta do hospital psiquiátrico que estava internado e se encontra na unidade prisional de imigração onde ficou anteriormente. “Agora ele aguarda a data da deportação, a qual ainda não sabemos, mais em nome de Jesus será logo”, comemora.

ENTENDA O CASO

Depois de ter morado por quatro anos ilegalmente nos Estados Unidos, o capixaba Wagno, DE 35 anos, decidiu retornou ao Brasil. Mas sua filha, de nove anos e que nasceu em terras estadunidense, insistia para voltar e estudar em uma escola norte-americana. Diante disso, no dia 19 de março ele saiu de Serra (Espírito Santo) em direção às Bahamas para, novamente, entrar neste país.

Segundo Juliana Francisca Silva, o casal tentou o Visto para voltar de forma legal, mas foi recusado decido ao fato de ter ficado ilegalmente nos EUA. “Estávamos todos angustiado e ele não pensou duas vezes em fazer a perigosa travessia”, fala ressaltando que o Wagno ficou 30 dias nas Bahamas aguardando o capitão do barco que o levaria.

Ainda, conforme ela relatou, no dia 18 de abril o capitão colocou gente demais no barco e a travessia deu errado e foi preso mais de 30 pessoas. Wagno passou mal e como sofre de disritmia cerebral e quando a Guarda Costeira chegou ele estava desmaiado após sofrer um ataque de epilepsia. “Meu marido foi levado a um hospital onde ficou três dias e depois transferido para uma cadeia de imigração chamada Broward Transitional Center (BTC), em Pompano Beach (Florida)”, disse.

O capixaba ficou 30 dias preso à espera de sua deportação, a qual ficou marcada para o dia 23 de maio, mas no dia 19, ele teve uma audiência de imigração, onde foi oferecido a possibilidade dele ficar no país por dos anos sob a condição de ajudar nas investigações sobre imigração ilegal.

Mas Wagno se recusou pelo fato de sua deportação já estar marcada e que não iria ficar longe de sua esposa, “ainda mais expondo a vida dela e da família ao denunciar os traficantes de pessoas”.

No domingo, dia 22 de maio, a esposa conversou com ele, o qual disse que estava bastante feliz em saber que seria deportado e veria sua família novamente. “Mas na noite de segunda-feira, dia 23, um amigo que estava preso com ele me ligou e avisou que o médico da unidade prisional lhe disse que meu esposo pediu para avisar que não tinha sido deportado”, relata ela bastante emocionada.

Ainda, segundo o amigo, Wagno estava internado em na clínica psiquiátrica Atlantic Shore Hospital, localizada em Fort Lauderdale. Segundo as informações que ela obteve no dia seguinte, ao conversar com um representante do Consulado-Geral do Brasil em Miami, identificado como Leonardo, o marido teria sofrido um surto psicótico e estaria ouvindo vozes, no aeroporto enquanto aguardava a liberação para embarcar para o Brasil. “Isso é mentira, pois o amigo dele disse que o viu na tarde de segunda de volta à unidade prisional”, afirma ela.

Bastante preocupada e sem saber o que fazer, a esposa entrou em contato novamente com Leonardo e pediu para que ele conversasse com algum representante do hospital e ouvisse de Wagno o que realmente aconteceu. “Meu esposo relatou que estava no aeroporto e que os oficiais eles estavam sem o papel de deportação, impedindo-o de viajar e por isso deveria retornar à unidade prisional. Ao saber disso, meu marido ficou nervoso e os agentes lhe trouxe remédio.  Mas ele se recusou alegando que se tomasse iria morrer. Os oficiais entenderam que ele queria se matar e decidiram interná-lo”, explica.

Desde o dia 23 de maio ela não conseguiu mais contato com o marido e disse que está desesperada, sem saber o que fazer. “Meu bebê de um ano chama o pai o tempo todo, minha filha não está se alimentando direito e está ficando desnutrida”, fala implorando por ajuda.

Segundo ela, o esposo é saudável, cheio de vida e nunca teve problemas psicológicos e que “jamais sofreria um justamente no dia em que estava prestes a voltar para perto da família”.  A mulher pede para que alguma entidade ou advogado posso ajuda-la. “O nome dele é Wagno e o número de detento é A 098938013”, disse.

Fonte: braziliantimes.com

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