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Publicado em 13/07/2016 as 7:30am

Brasileira relata medo do marido ser deportado e retornar ao Brasil

Vivian está nos Estados Unidos já 12 anos e seu marido prestes a ser deportado e o casal deve quase US$20 a traficantes de pessoas que fazem constantes ameaças

Natural de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, a house cleaner Vivian Dutra Damaceno, 27 anos, vive um dos piores momentos desde que se mudou para os Estados Unidos. Ela, que entrou no país pelo México, junto com o marido Adevaldo Migliato, 35 anos, disse que não sabe o que fazer, pois o esposo está preso em uma cadeia de imigração em Hartford (Connecticut).

Vivian mora em Randolph (Massachustetts) e o marido estava trabalhando em uma obra na região de Hartford. Segunda ela, Adevaldo iria ficar neste trabalho por 15 dias e somente depois retornaria para casa. “Mas infelizmente, aconteceu uma batia de imigração no prédio onde ele estava dormindo, e os agentes estavam atrás de um hondurenho procurado pela Justiça. Como encontraram meu esposo no corredor do prédio, pedira-lhe documentos”, disse.

Quando os agentes checaram as informações do brasileiro, descobriram que ele havia sido deportado há cinco anos e que não deveria estar no país. “Realmente, uns sete anos depois que entramos no país, ele foi preso e deportado, mas retornou há um ano, mais menos, novamente pelo México”, disse ressaltando o medo dele voltar ao país.

Vivian explica que seu medo maior é em relação aos agenciadores no Brasil que cobraram, na primeira vez, US$9 mil (por pessoa), para colocar o casal em terras norte-americanos. “Quando meu marido foi deportado, há cinco anos, nós não tínhamos terminado de pagar a dívida e, sozinha, eu não tinha como arrumar dinheiro”, disse ressaltando que nessa segunda vez, o esposo assumiu uma dívida de US$12 mil. “Então com os US$4,200 que devíamos da primeira vez e mais esta segunda despesa o valor sobe para US$16,200”, fala.

Além de sua preocupação em tentar tirar o esposo da cadeia, ela vive a tortura das cobranças dos agenciados que não param de fazer ameaças e querem tomar bens materiais que eles deixaram no Brasil para quitar a conta. “Até um terreno de minha mãe eles falaram que querem pegar”, continua.

Segundo ela, um advogado norte-americano que assumiu o caso disse que é muito difícil tirar o brasileiro de um processo de deportação, pois ele já havia sido deportado anteriormente e não há nada que o prenda a este país. “Por isso eu sei que ele será deportado e tenho medo do que possa estar esperando ele lá. Já pensei em voltar junto, mas tenho medo pela minha vida também”, explica.

Vivian relatou que os agenciadores são de Goiânia (Goiás), mas tem representantes em diversas partes do país. Ela os conheceu através de uma amiga que também usou o mesmo esquema para entrar nos EUA. “Como eu vou conseguir pagar tudo que eles querem? Tenho medo pela minha mãe que mora sozinha”, continua.

Mesmo devendo bastante aos agenciadores, Vivian disse que já está providenciando um novo meio de trazer o marido de volta ao país. “Aqui nós construímos a nossa vida e tivemos oportunidades que não encontramos em nossa terra natal”, fala. “Nem que eu tenha que dar minha casa para eles, eu trarei meu esposo de volta”, finaliza.

Vivian está indo à Hartford neste final de semana para se encontrar com o advogado e saber como estão processo, uma vez que Adevaldo foi preso há menos de um mês.

Fonte: braziliantimes.com

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