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Publicado em 15/08/2016 as 1:00pm

Espalhando alegria

Repórter e animadora realiza trabalho voluntário levando alegria para crianças internadas em hospitais de Connecticut e New York.

Claudineia Cardinali, uma das vencedoras dos Notáveis USA 2015, é formada em jornalismo, porém, aqui nos Estados Unidos atua há muitos anos no ramo da animação. São mais de 24 anos dedicados à profissão que tem como base o riso e a alegria.

Atualmente ela e o marido são voluntários em dois hospitais localizados nos Estados de Connecticut e New York.

Em entrevista para nossa redação a brasileira explica que há vagas abertas para quem deseja doar o seu tempo e fazer mais felizes crianças e adultos que estão hospitalizados.

Mesmo sendo um trabalho voluntário, ser um “Doutor da Alegria” requer treinamento e muita dedicação, isso porque, muitas vezes as pessoas que estão internadas estão em situações limite ou complicadas, e é preciso profissionalismo para lidar com elas e saber exatamente o que falar e como agir. Além disso, os “Doutores da Alegria” criam laços com os pacientes e com a família e o cuidado deste relacionamento é muito importante.

Confira a entrevista que fizemos com Claudineia.

Como a profissão de animadora entrou em sua vida e como surgiu a ideia de trabalhar voluntariamente nos hospitais?

Claudineia: Eu já sou animadora de festas infantis há 24 anos. Comecei no Brasil e além da minha empresa de entretenimento, sempre quis ir a hospitais. Por ter feito teatro no Brasil e por meu pai ser professor de música, sempre tive paixão por crianças. No Brasil fiz este trabalho em Poços de Caldas, onde nasci e, em Campinas onde cursava faculdade de Jornalismo. Junto com alguns amigos atores e musicistas fazíamos festas para crianças carentes e, para crianças hospitalizadas. Só que, no Brasil na época, há 23 anos era necessário estar cursando Psicologia ou Medicina para fazer este trabalho. Então não era um trabalho constante, só quando precisavam de ajuda extra.

Conte como foi seu início com os hospitais daqui dos EUA.

Claudineia: Vim para os EUA em 1999 e, já comecei a trabalhar em festas brasileiras. Na época não havia muitos brasileiros(as) nesta profissão. Com o crescimento da minha empresa comecei a trabalhar para americanos, hispanos e acabei participando de algumas convenções de palhaços. A partir daí, comecei a frequentar as reuniões do grupo de New York. Fazíamos esporadicamente visitas em hospitais mas, eu queria trabalhar mais. Entrei em contado com vários hospitais de New York mas, apesar de ser um trabalho voluntário, muitas instituições pagam, então não há vagas. Em uma convenção de palhaços na cidade de Mistic-CT, conheci um grupo do Hospital de Stamford. Eles estavam com as inscrições abertas para o treinamento. Depois de muita persistência consegui uma entrevista. Fomos entrevistados (eu e meu namorado, hoje marido) e, eles nos aceitaram.

Qual treinamento você teve de fazer para estar apta a trabalhar com estas crianças?

Claudineia: Depois da entrevista, passamos pelo treinamento e, depois tem que, tomar a vacina de tuberculose para ser aprovado. Além disto assinamos um termo onde protegemos a privacidade do paciente (HIPPA).

O que te move fazer este trabalho?

Claudineia: Fazer este trabalho me deixa super feliz, pois tenho a oportunidade de fazer pessoas que, estão passando por algum problema, rirem um pouco. 

Você leva alegria para crianças hospitalizadas. Como conter a emoção?

Claudineia: No hospital de Stamford levamos alegria para adultos e crianças. Na hora dá para conter a emoção porque pensamos só no bem-estar dos pacientes. Às vezes não e possível controlar mas, tentamos ou as lágrimas se juntam à nossa maquiagem e disfarçamos.

Quais foram os progressos de vocês quanto à apresentação em outros hospitais?

Claudineia: Depois de 4 anos trabalhando no hospital de Stamford e 8 anos tentando criar um grupo em Nova York, conseguimos ingressar no Saint Mary’s Children Hospital, em Baysid-New York. Lá só há crianças. Crianças com autismo, defeitos de nascimento ou abusadas fisicamente. Há um senhor que, faz este trabalho voluntário lá há 11 anos sozinho. Para homenagea-lo colocamos o nome dele no nosso grupo: Otto New York Caring Clowns.

Neste trabalho quais foram os momentos mais marcantes?

Claudineia: Um dos momentos mais emocionantes foi quando tivemos dois profissionais da Ásia. As enfermeiras trouxeram as crianças para a sala de música. Começamos nosso show e algumas delas, apesar das dificuldades, reagiram ao nosso show. Tem algumas que, não conseguem expressar nada. Também amo ver o Otto trabalhar, ele me inspira todo dia. 

Há vagas no seu grupo? O que a pessoa deve fazer?

Claudineia: Criamos uma página no Facebook para facilitar a comunicação entre os voluntários. Há vagas no grupos, damos o treinamento e só precisa ter paciência, compromisso e muito amor. Não e necessário ter experiência. E só entrar na nossa pagina no Face:

https://www.facebook.com/groups/1682984861917314/
 

Fonte: Marisa Abel

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