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Publicado em 2/09/2016 as 7:07am

Jovem que ficou 20 dias detida nos EUA chega a São Paulo

Mãe diz que a adolescente de de 16 anos ficou em uma 'casa de detenção'. Pais também reclamaram da falta de apoio da embaixada.

A estudante Anna Stéfane Radeck, de 16 anos, que ficou detida nos Estados Unidos por mais de 20 dias, desembarcou no aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo, na madrugada desta sexta-feira (2).

Stéfane chegou por volta das 4h acompanhada da mãe. Ela estava abatida, com o capuz tampando parte do rosto. A jovem abraçou o pai, o irmão, mas não quis falar com a imprensa.

A mãe, Liliane Carvalho, no entanto, afirmou que o local onde a filha ficou parecia uma "casa de detenção".

"Ela disse que não podia falar poque eles ouviam as ligações, então ela não podia falar a verdade. Então ela contou que não é um lugar legal, que ela foi maltratada, que falta comida, falta higiene, precária a situação. É uma casa de detenção", disse.

Para a mãe, ela foi detida porque era menor de idade e estava desacompanhada. Ainda segundo a mãe, na audiência em que a Justiça norte-americana autorizou a adolescente a voltart para casa, a juíza se desculpou e disse que o país está de portas abertas para a família.

"Eu não confio nisso. Porque eles falam uma coisa, mas o tratamento lá é totalmente diferente. A gente desacreditou nessas informações", afirmou o pai de Stéfane, Sérgio Ferreira.

Os pais de Stéfane também reclamaram da falta de apoia da embaixada brasileira. "Eles falavam a todo momento que eles não poderiam fazer nada. Tanto é que agora no último dia que a gente veio embora, eles ligaram várias vezes pra mim... acho que queriam mostrar serviço. Mas a luta não foi deles em momento nenhum", afirmou a mãe.

O Bom Dia São Paulo tentou contato com a embaixada brasileira, mas por causa do horário, não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

No avião, a mãe disse que "Stéfane passou o voo inteiro chorando, não tem condições de dar entrevista.

A jovem viajou para os EUA no dia 10 de agosto. Ela tinha ido para os Estados Unidos morar com uma tia e estava pensando em fazer um curso.Stéfane foi barrada pela imigração em Orlando e levada para um abrigo para menores refugiados em Chicago.

A família é de Embu-Guaçu e contou que a menina estava com a documentação em ordem.

O pai disse que ela foi obrigada a tomar dez vacinas e a bagagem dela foi higienizada.

A mãe foi para Chicago, mas só tinha contato com a filha uma vez por semana em local determinado pelas autoridades americanas, que não explicaram o motivo da detenção.

A família contratou um advogado e o Itamaraty e o consulado brasileiro entraram no caso.

Fonte: globo.com

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