Chegou o Classificado do Brazilian Times. Divulgue ou busque produtos e serviços agora mesmo!

Acessar os Classificados

Publicado em 3/10/2016 as 8:00am

'Total Help ajuda imigrante a sair da cadeia e conseguir o Green Card

Deysi conta que a partir deste dia em diante passou a ficar ainda mais aterrorizada com a Sombra Negra.

Após ficar seis meses presa na cadeia imigratória Daysi Alexandra Guaman Acero ganhou a liberdade e seu pediro de asilo com a ajuda do advogado Kevin Glory, membro da Total Help.

Deysi tem apenas 18 anos de idade, é natural de Canar, no Equador. Mesmo sendo ainda muito jovem ela já sofreu muitos abusos, tanto por parte de uma gangue, quanto pela milícia equatoriana. Mas agora com a ajuda da Total Help e Kevin Glory ela pode respirar aliviada aqui nos Estados Unidos.

Entrevistamos a jovem que nos contou que uma gangue local (Equador), denominada Sombra Negra, a ameaçava constantemente, ela chegou a ser amarrada, abusada e encontrou sua amiga morta por enforcamento, foi quando ela decidiu mudar de País.

“Quando tentei entrar nos EUA vim através do aeroporto JFK, em NYC, no dia 23 de março de 2016, porém fui levada sob custódia pela imigração e fiquei presa durante alguns meses até ser solta no dia 25 de Agosto. Entrei em contato com a equipe da Total Help e Kevin Glory para solucionarem meu problema”.

A equatoriana conta que acreditava que sua vida em seu país de origem estava em perigo. A gangue Sombra Negra aterrorizava a todos em sua cidade. “Em 2009 eles assassinaram uma amiga minha e estupraram minha prima. Neste período descobri que eles estavam atrás de mim, pois acreditavam que eu teria dado à polícia informações sobre eles sobre o assassinado de minha amiga”.

De acordo com as informações passadas por Deysi, alguns policiais também fazem parte da gangue.

“Outro motivo de eu ser alvo da Sombra Negra é por ser indígena. Lembro da primeira vez que sofri a ameça, foi em novembro de 2009, eu estava na rua com uma amiga chamada Lucinda Guaman Falcone, quando vimos cerca de dez membros da gangue descendo a rua. Os reconhecemos por usarem roupas longas e escuras. Eles pegaram uma menina, a assaltaram, bateram nela e falaram palavras de baixo calão a ofendendo, nós estávamos escondidas numa casa abandonada para onde a levaram, acho que a abusaram sexualmente também. Só conseguimos a ouvir chorar e gemer de dor. Foi quando tentamos fugir e um dos membros da gangue nos viu e nos levou de volta para dentro da casa abandonada. Eles nos amarraram e disseram que seríamos mortas se contássemos à polícia”.

Depois de horas de horror e amarradas elas foram soltas por volta das 6h00, pela menina que foi violentada.

“Tudo que estávamos vivendo foi horrível, a menina que foi abusada acordou e viu que estávamos lá amarradas, mesmo ferida foi nos salvar. Nós três saímos e fomos para minha casa. Minha família a vestiu, pois as roupas dela foram rasgadas e arrancadas no assalto”.

Deysi conta que a partir deste dia em diante passou a ficar ainda mais aterrorizada com a Sombra Negra.

“Depois de um mês Lucinda foi encontrada enforcada e um membro da Sombra Negra disse que o mesmo aconteceria comigo se eu contasse para a polícia. Em março de 2016 eles estavam na porta da escola onde eu estava, três membros da gangue começaram a me insultar. E disseram que sabiam quem eu era. Foi então que me agarraram pelo pescoço e tentaram me forçar a entrar em um carro. Eles me disseram que iam abusar de mim e depois me matar, porque eu era uma nativa inútil que deu informações à polícia. Eu gritei por ajuda, quando 20 a 30 pessoas da minha escola vieram correndo para me ajudar. Os membros da gangue, assustados com a quantidade de pessoas que estava vindo, me soltaram”.

Foi logo após esse ataque que a prima de Deysi contou a ela que também foi abusada por essa mesma gangue. “Eu sabia que eu tinha que deixar o Equador e escapar ou eles iriam me matar e me estuprar”, relata a equatoriana que agora pode caminhar mais tranquila e com um Green Card na mão aqui nos EUA.

Entrevistamos o advogado americano Kevin Glory, que faz parte do grupo Total Help, empresa que há mais de 18 anos ajuda a comunidade brasileira, hispana, portuguesa e americana aqui nos EUA. Ele relatou um pouco sobre o caso e também como são os pedidos de asilo:

Qual a maior dificuldade neste caso?

Kevin Glory: A maior dificuldade no processo foi provar que ela pertencia a um grupo específico para aplicar para o pedido de asilo, essa é uma das partes mais difíceis. Ou seja, necessita provar que pertence a um grupo específico, que esse grupo a persegue e que não há de proteção do governo daquele país, neste caso proteção da polícia.

Quanto tempo demorou para o pedido de asilo?

Kevin Glory: A cliente ficou presa por 6 meses, pois entrou com passaporte falso.  Após estes seis meses foi o dia da audiência na corte.

Como a pessoa pode proceder para realizar um pedido de asilo? O que se enquadra neste pedido?

Kevin Glory: Para petição de asilo recomendamos utilizar um advogado, pois não é algo simples. Lembrando que esse pedido só é válido se for feito com menos de um ano de permancência aqui nos EUA. Depois que ela ganhar o asilo é realizado um novo procedimento até que ela possa conquistar o Green Card.

Ao ganhar o asilo ela ganha Green Card automaticamente?

Kevin Glory: Basicamente um processo de asilo deve ser iniciado quando a pessoa entra no país, informando a imigração de que a pessoa está sendo perseguida no seu País, é agendada a data da corte. Na data o advogado deverá apresentar as evidências de que a pessoa está sendo perseguida e não está tendo a proteção do governo e autoridades do país. E finalmente no julgamento é o dia no qual o juiz ouve as testemunhas e o advogado e ele julga se a pessoa conseguiu fazer todas as comprovações ou não.

Para você, como advogado, qual a sensação quando estes casos são resolvidos?

Kevin Glory: É uma satisfação muito grande poder ajudar pessoas, ainda mais nestas circunstâncias, pois elas já tiveram muito abuso, pois além do físico tem todo o emocional. Eu fico honrado de poder fazer do meu trabalho um instrumento para ajudar pessoas, é muito gratificante.

Fonte: Marisa Abel

Top News