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Publicado em 30/10/2016 as 10:15pm

Brasileiras house cleaners denunciam maus tratos e abusos

Casos de maus tratos no ambiente de trabalho tem sido cada vez mais frequente na comunidade brasileira em Massachusetts

“Ela me esculachou que nem bicho. Fazia horas que tudo que eu ia fazer ela ria de mim junto com a outra”. Esse é apenas um trecho do relato que a brasileira Jacquelie Rodrigues, house cleaner, residente em Massachusetts, fez chorando, onde afirma ter sido humilhada por sua “patroa”, a também brasileira Margarida, moradora de Medford (MA).

Infelizmente casos de assédio moral e maus tratos no ambiente de trabalho têm se tornado cada vez mais frequente na comunidade brasileira. São inúmeras denúncias relatadas frequentemente nas redes sociais, que muitas vezes não são levadas a diante por receio da vítima, seja por depender do trabalho para o sustento da família ou por medo de ser prejudicada por causa de sua situação irregular junto a imigração.

O áudio com o relato de Jacqueline espalhou-se rapidamente pelas redes sociais na tarde da última sexta-feira, dia 28. Nele a brasileira conta que ao sair para trabalhar como faz rotineiramente, foi constantemente humilhada por sua contratante. “Eu não sou uma pessoa preguiçosa, eu sou dona de casa. A limpeza aqui é diferente, mas não tem muito segredo. Ontem ela foi resolver umas coisas particulares no centro de Boston até onde e pouco, nós chegamos na primeira casa já era meio-dia, aí eu sai já era sete e pouco da noite”, relata soluçando de tanto chorar. Ela segue relatando o ocorrido. “Ela falou pra mim: ‘Some daqui agora! Se você quer o endereço de onde estamos, vai para rua e vai perguntar. Some daqui agora!’, aí eu falei para ela que eu queria o meu dinheiro e ela me falou ‘Você quer dinheiro? Você vai trabalhar, por que você não trabalhou nada, você não sabe fazer nada!’. Gente, ontem eu também trabalhei até sete e meia da noite. Eu disse para ela que o problema dos EUA é ela...é gente como ela, que chegou há 20 anos atrás e acha que pode humilhar os outros...Que nojo desse povo... A minha jaqueta novinha ficou dentro do carro dela, ela não deixou eu tirar... Eu tive que perguntar na rua o nome da cidade que eu tava para o meu marido colocar no GPS e vir me buscar...Maior frio aqui, eu sem blusa e ela falou que não vai me pagar”. O grupo de brasileiras se encontravam trabalhando na cidade de Winchester (MA), onde o marido de Jacqueline foi buscá-la após a mesma ter sido abandonada.

De acordo com informações do site Brazilian Globe, que entrevistou Jacqueline, a brasileira foi apresentada a Margarida no dia anterior as humilhações. A empresária do ramo de limpeza precisava de uma “helper” para a limpeza de casas e para dirigir, quando necessário. A vítima relata que ao ser apresentada, foi bem recebida, com educação e respeito, porém no decorrer do do expediente do primeiro dia de trabalho, a mesma apresentava atitudes que demonstravam descontrole emocional e assim começou a destratar Jacqueline, que por ser recém chegada ao país, encontrou dificuldades para acompanhar o ritmo de trabalho das demais funcionárias, mas que segundo a mesma, sempre demonstrou ser prestativa para realizar as tarefas que a ela foram delegadas. “Você não sabe fazer nada direito”, “Olha o que essa louca fez”, “Faça somente o que eu mando”, seria apenas algumas das frases que Jacqueline teria ouvido durante o período de trabalho.

Denúncias desse tipo tem sido publicadas nas comunidade brasileiras das redes sociais frequentemente. No mesmo dia (sexta-feira, dia 28), uma postagem feita no Bazar Boston Novo, por outra brasileira, também residente em Massachusetts, afirmava que a mesma teria sofrido sofrido sobrecarga de trabalho, tendo que trabalhar não apenas nas casas as quais era o combinado, mas também para a patroa como baby sitter da filha dela, sem receber para tal função e se mostrava indignada por ter sido dispensada do trabalho sem aviso prévio. Na denúncia a brasileira, dizia ter sofrido por abusos de trabalho por outra brasilieira, cujo o nome seria Poliana, residente em Marlborough (Massachusetts). Rapidamente, diversos internautas comentaram o caso, boa parte relatando já terem passado por humilhações, descasos ou abusos no ambiente de trabalho, principalmente quando recém chegados aos EUA e ao iniciarem trabalhando como house cleaners. “Fui muito humilhada quando cheguei aqui (EUA). Trabalhei para outra brasileira que fazia pouco caso de mim, me mau tratava. Me buscava em casa as 7 da manhã e só me trazia as 7 da noite. Tinha que comer dentro do carro. Cada casa que fazíamos a gente demorava 4 horas, por que ela só ficava no celular e deixava para eu fazer tudo sozinha. Me pagava quase metade do que eu ouvia que as pessoas ganhavam, mas eu aceitava por que precisava pagar o aluguel e sustentar a minha filha... Hoje, graças a Deus, trabalho por conta e trato muito bem as meninas quetrabalham comigo. Não desejo para ninguém o que eu passei”, relatou Maria Aparecida em um dos comentários. No dia seguinte as acusações, o post foi deletado.

Fonte: Da redação

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