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Publicado em 27/12/2016 as 2:00pm

Para Aécio, abandonar Temer custaria 'caro ao país'

Sobre o impasse na liderança do partido, senador explica que 'foi um gesto em favor da unidade do PSDB, feito às claras'

O senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, reafirmou apoio ao presidente Michel Temer. Para ele, "um distanciamento do PSDB do governo neste instante custará imensamente caro ao país e, por consequência, ao PSDB".

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Aécio fala sobre o impasse na liderança do partido, pois assumiu sem o apoio do governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, e de seus aliados. Os dois são possíveis candidatos à Presidência da República em 2018.

Sobre manobra para se manter à frente do partido, o senador explica que "foi um gesto em favor da unidade do PSDB, feito às claras, com apoio de lideranças de todo o país, inclusive da maioria dos representantes de São Paulo na Executiva nacional. O PSDB tem essa tradição de prorrogar os mandatos por um ano exatamente para evitar disputas em anos em que elas não são convenientes". Para o tucano, as preocupações de alguns companheiros do partido sobre o caso são exageradas.

Quando questionado sobre quem será o candidato da legenda para 2018, Aécio garante que está indefinido e que é "algo difícil de antecipar. Não é adequado e não interessa a ninguém trazer 2018 para antes de 2017".

Para o presidente do PSDB, Alckmin dificilmente deixará o partido. "Figuras como Geraldo Alckmin, José Serra, Fernando Henrique e tantos outros que tiveram uma história de vida construída no PSDB têm uma dificuldade enorme de deixar o partido".

Uma das principais divergências entre os tucanos é o apoio ao governo de Temer, defendido por Aécio e negado por Alckmin.

Se fôssemos colocar o nosso interesse eleitoral estratégico na frente dos interesses do país, talvez nós não tivéssemos apoiado o governo Temer, tivéssemos lavado as mãos, como fez o PT no governo Itamar Franco. Eu me sentirei muito mais à vontade de defender essa posição do que chegar lá em 2018 e ver que o governo eventualmente naufragou por falta de coragem do PSDB de enfrentar as dificuldades ao lado do presidente Temer. Quando nós apoiamos o impeachment, nós sabíamos que o PSDB não assumiria. Qual seria a nossa alternativa? No que depender de mim, nós estaremos até o final desse governo contribuindo com propostas. O PSDB deve estar lado de Michel Temer."

Quando questionado sobre as delações na Odebrecht, onde diversos tucanos, incluindo ele, e o presidente Michel Temer são citados, o senador enfatiza que "não é uma delação de um delator que, por si só, se transforme em prova e, a partir daí, já em condenação". "Essa é uma questão que o Brasil terá de discutir com absoluta serenidade, a diferença entre financiamento de campanha e corrupção", concluiu.

Fonte: https://www.noticiasaominuto.com.br

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