Chegou o Classificado do Brazilian Times. Divulgue ou busque produtos e serviços agora mesmo!

Acessar os Classificados

Publicado em 22/03/2017 as 1:00pm

Relatório mostra que imigrantes cometem menos crimes que os nascidos nos EUA

Relatório mostra que imigrantes cometem menos crimes que os nascidos nos EUA

Os imigrantes cometem crimes e são encarcerados em uma taxa muito menor do que os cidadãos dos EUA, de acordo com dois estudos divulgados esta semana.

Um estudo do The Sentencing Project, um grupo de pesquisa e defesa de justiça criminal, descobriu que "os residentes nascidos foram dos Estados Unidos cometem crimes com menos freqüência do que os cidadãos nativos".

Outro estudo, do Instituto Cato, compara as taxas de encarceramento por status migratório, etnia e gênero. "Os imigrantes estão menos propensos a ser encarcerados do que os nativos em relação à sua população proporcional", afirma o estudo Cato.

Durante sua campanha para presidente, Donald Trump retratou a imigração ilegal como um risco duplo: uma ameaça econômica e uma fonte de aumento da criminalidade.

Sob o pedido de orçamento do presidente Trump para 2018, o Departamento de Segurança Interna (DHS) teria um aumento em US$ 3 bilhões para financiar sua proposta de muro de fronteira e ordens executivas sobre imigração.

Quando ele lançou sua candidatura presidencial, disse que os indcumentados "trazem crime para o país". E em discursos, Trump freqüentemente menciona indivíduos cujos entes queridos foram mortos por imigrantes em situação ilegal no país.

Mas o que se vê é o contrário e os dois estudos não apontam que os imigrantes representam uma ameaça de crime maior do que os cidadãos nascidos nos EUA.

Entre as pessoas de 18 a 54 anos, 1,53 por cento dos nativos estão encarcerados, assim como 0,85 por cento dos imigrantes indocumentados e 0,47 por cento dos imigrantes documentados, de acordo com o estudo Cato das taxas comparativas de encarceramento.

O estudo Cato descobriu que existem cerca de 2 milhões de cidadãos dos EUA, 123 mil imigrantes indocumentados e 64 mil cidadãos estrangeiros documentados nas prisões norte-americanas.

Se os cidadãos fossem encarcerados ao mesmo ritmo que os imigrantes sem documentos, "cerca de 893 mil nativos seriam encarcerados", disse o estudo. Da mesma forma, se os cidadãos nativos fossem encarcerados na mesma proporção que os imigrantes documentados, 1,4 milhões menos seriam presos.

O estudo do Projeto Sentencing chega mesmo a sugerir que o aumento da imigração "pode ter contribuído para a queda histórica das taxas de criminalidade" desde 1990.

Embora o estudo "não seja definitivo na provação causal", ele vincula as tendências da criminalidade - 730 crimes violentos por 100.000 cidadãos em 1990, em comparação com 362 por 100.000 em 2014 - e as tendências de imigração no mesmo período. Segundo o estudo, havia 3,5 milhões de imigrantes indocumentados no país em 1990, e 11,1 milhões em 2014.

Os democratas dizem que os estudos apenas comprovam o que já é conhecido - que os imigrantes são menos propensos a cometer crimes. Eles afirmam que Trump está usando o medo de imigrantes para obter lucro político entre sua base de eleitores.

"Há sempre a visão horrível e falaciosa de que você tem que ir atrás de imigrantes e depois apontar alguns imigrantes que cometeram crimes horríveis", disse o representante Juan Vargas (D-Calif.).

Fonte: Brazilian Times

Top News