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Publicado em 30/10/2013 as 12:00am

Morre no Rio Maurício Azêdo, presidente da ABI

Morre no Rio Maurício Azêdo, presidente da ABI

Um dos mais respeitados jornalistas brasileiros, Maurício Azêdo se mostrou solidário à criação da Associação Brasileira de Imprensa Internacional


Da Redação

Com Sucursais

 

Faleceu nesta sexta-feira, 25, no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro - onde estava internado há duas semanas com quadro de insuficiência cardíaca -, o jornalista Maurício Azêdo.  Com um dos mais respeitados currículos no campo jornalístico atualmente no Brasil, Oscar Maurício de Lima Azêdo estava à frente da ABI (Associação Brasileira de Imprensa) desde 2004, tendo sido reeleito presidente em todas as eleições que ocorreram nos últimos nove anos.

Maurício Azêdo, que também era advogado,  teve, desde 1958, consagrada atuação nos mais renomados jornais e revistas do Brasil. Trabalhou para o Jornal do Brasil, O Estado de São Paulo, Jornal dos Sports, Jornal do Commercio, Diário de Notícias, Última Hora, O Dia,  Revista Manchete, Fatos & Fotos, Pais & Filhos, Placar e Realidade, dentre outros importantes veículos de comunicação impressa. Conhecia todos os pormenores de uma Redação. Foi repórter, redator, cronista, chefe-de-reportagem, editor-chefe e diretor de Redação. Durante o período de ditadura militar que dominou o Brasil de 1964 a 1985, o jornalista fez de jornais alternativos uma trincheira de luta e de denúncias contra o terrorismo de Estado e em defesa das liberdades públicas e dos direitos humanos.

Nos anos 70, Maurício Azêdo militou como repórter ou editor de jornais de tendência esquerdista como Movimento, Hora do Povo, Folha da Semana e Voz Operária, do PCB. Enquanto editor do Boletim da ABI, ainda na década de 70, fez do veículo um porta-voz de contestação aos arbítrios do regime militar. Filiou-se ao PDT de Leonel Brizola em 1981, e por esse partido foi eleito vereador do Rio de Janeiro por três legislaturas consecutivas, de 1983 a 1996, tendo sido presidente da Câmara dos Vereadores entre 1983 e 1985, e Conselheiro do Tribunal de Contas do Município, de 1999 a 2004, quando foi então eleito pela primeira vez para a presidência da Associação Brasileira de Imprensa.

Apoio à criação da ABI-Inter – Quando jornalistas brasileiros que vivem no estrangeiro se engajaram na ideia de fundar uma associação de classe para unir e organizar a categoria de profissionais de mídia fora do Brasil, Maurício Azêdo esteve presente para mostrar seu total apoio. Durante reuniões realizadas em 2006, na Flórida, pelos principais jornalistas que atuam nos Estados Unidos a fim de construir os alicerces da entidade que viria a ser batizada de ABI-Inter (Associação Brasileira de Imprensa Internacional), o presidente da ABI viajou à Flórida com Antonio Grassi, então presidente da Funarte, com o jornalista Sérgio Xavier, secretário nacional de Fomento e Incentivo à Cultura, e com Célio Turino, secretário de Programas e Políticas Culturais do Ministério da Cultura, a convite da Focus Brazil Foundation, para participar do batismo da ABI no estrangeiro e aconselhar com sua vasta experiência nos primeiros passos da nova entidade.

Maurício Azêdo, que faleceu aos 79 anos, deixa um legado importantíssimo tanto a nível pessoal, quanto profissional. Sem ambições materiais e incansável lutador em defesa das liberdades civis e dos direitos humanos, conseguiu conquistar a reverência da população. Tendo sido reeleito presidente da ABI em todas as eleições que disputou desde 2004 mostra por que seu currículo jornalístico era um dos mais respeitados atualmente no Brasil.


Fonte: Brazilian Times

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