Tragédia em Orlando reacende debate sobre segurança no entorno de escolas

Uma adolescente de 16 anos perdeu a vida esta semana ao ser atropelada enquanto caminhava para a Oak Ridge High School, em Orlando. O acidente aconteceu em um trecho da Oak Ridge Road onde o limite de velocidade é de 45 mph (cerca de 72 km/h), sem a presença de uma zona escolar que reduza esse limite, como costuma ocorrer nas proximidades de escolas de ensino fundamental e médio.

A fatalidade mobilizou a comunidade local e reacendeu o debate sobre a segurança dos estudantes nas vias públicas. A comissária do Distrito 3, Mayra Uribe — ex-aluna da Oak Ridge High School — está liderando um apelo por mudanças imediatas. Entre suas propostas estão a criação de uma zona escolar na região e a instalação de câmeras de trânsito para fiscalizar motoristas que excedem o limite de velocidade nas imediações da escola.

“A ausência de medidas básicas de proteção coloca em risco a vida de centenas de jovens que caminham diariamente até a escola”, alertou Uribe, que tem buscado apoio junto a autoridades locais e ao Departamento de Transporte da Flórida (FDOT).

O FDOT, por sua vez, afirmou que a implementação de zonas escolares em escolas de ensino médio não é automática, sendo avaliada caso a caso com base em estudos de engenharia. No entanto, moradores da região já haviam expressado anteriormente preocupações quanto à segurança dos pedestres na Oak Ridge Road, considerada por muitos uma via perigosa.

A Patrulha Rodoviária da Flórida ainda não confirmou se o excesso de velocidade foi um fator determinante no acidente, mas o caso gerou comoção e indignação. Para muitos, a tragédia poderia ter sido evitada com medidas preventivas simples.

O incidente pressiona as autoridades a agirem com urgência para evitar que outras famílias enfrentem perdas semelhantes. A criação de zonas escolares e o reforço na fiscalização do tráfego são vistos como passos essenciais para garantir a segurança dos estudantes em seus trajetos diários.