Novo vídeo contradiz versão policial em caso de brasileiro preso por agressão na Geórgia

Um vídeo divulgado amplamente compartilhado em redes sociais mostra um ângulo inédito do episódio que levou à prisão do brasileiro João Batista, em Marietta, no estado da Geórgia. Ele foi detido sob a acusação de agredir a esposa, funcionária de uma loja de veículos, mas as imagens colocam em dúvida a versão apresentada pela polícia.

Na gravação, João Batista aparece no interior do dealership conversando com a esposa. Pouco depois, o proprietário do estabelecimento surge armado, iniciando uma confusão generalizada. Em seguida, é possível ouvir um disparo. O vídeo, porém, não mostra qualquer ato de agressão por parte de João, contrariando o conteúdo do relatório policial que embasou sua prisão.

De acordo com a defesa, João teria ido até a loja apenas para conversar com a esposa, que estaria sendo impedida pelo patrão de atender chamadas telefônicas. Ainda segundo o advogado, ao chegar ao local, João foi orientado a se retirar pela própria esposa e assim o fez antes da chegada da polícia.

Laudos médicos apresentados à Justiça indicam que João Batista sofreu uma contusão facial e precisou de atendimento emergencial, incluindo medicação para alívio da dor. Mesmo diante dessas evidências, ele foi preso e formalmente acusado pelos crimes de Simple Battery – Family Violence (agressão simples – violência doméstica), Simple Battery (agressão simples) e Disorderly Conduct (conduta desordeira).

A defesa afirma que o conteúdo do vídeo contradiz diretamente os relatos oficiais e sustenta que João foi, na verdade, vítima na situação. De acordo com a defesa, “as imagens demonstram que meu cliente não agrediu a esposa e ainda foi colocado em risco por um terceiro armado. Há inconsistências graves entre o que se vê no vídeo e o que está no boletim policial”.

O caso permanece sob investigação pelas autoridades do condado de Cobb. A comunidade brasileira local acompanha o desdobramento com atenção, especialmente após a divulgação das imagens, que vêm gerando questionamentos sobre a atuação policial no episódio.