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Secretário de Estado dos EUA pode ter revogado milhares de vistos em meio à repressão a estudantes pró-Palestina

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou na terça-feira (20) que o número de vistos que revogou “provavelmente está na casa dos milhares”, sinalizando que a repressão a estrangeiros considerados críticos da política externa americana ainda deve se intensificar.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou na terça-feira (20) que o número de vistos que revogou “provavelmente está na casa dos milhares”, sinalizando que a repressão a estrangeiros considerados críticos da política externa americana ainda deve se intensificar.

A medida faz parte da política de linha dura sobre imigração da administração do presidente republicano Donald Trump, que tem ampliado deportações e revogações de vistos de estudantes e visitantes estrangeiros, especialmente os que demonstram apoio à causa palestina ou criticam a atuação de Israel na guerra em Gaza.

“Não sei o número mais recente, mas provavelmente ainda temos mais a fazer”, disse Rubio durante audiência em subcomitê de verbas do Senado que supervisiona assuntos externos. Ao ser pressionado por senadores para dar uma estimativa, ele respondeu que o número de vistos revogados já deve estar “na casa dos milhares”, bem acima das mais de 300 revogações relatadas em março.

Segundo Rubio, as revogações envolvem principalmente vistos de estudantes e visitantes, e ele teria assinado pessoalmente cada uma das decisões. “Um visto não é um direito. É um privilégio”, declarou.

Autoridades do governo Trump alegam que estudantes estrangeiros e portadores de green card que manifestam apoio aos palestinos representam uma ameaça à política externa dos EUA e os acusam de serem “pró-Hamas”.

Críticos da medida denunciam uma grave violação da liberdade de expressão garantida pela Primeira Emenda da Constituição americana. “Se basear apenas na opinião sobre o que alguém pode vir a fazer no futuro para revogar um visto me parece uma violação extraordinária do devido processo legal”, criticou o senador democrata Jeff Merkley, durante a audiência.

Um dos casos mais emblemáticos ocorreu neste mês, quando a estudante turca Rumeysa Ozturk, da Universidade Tufts, ficou detida por mais de seis semanas em um centro de imigração na Louisiana, após coassinar um artigo de opinião criticando a resposta da universidade à guerra em Gaza. Ela foi libertada após um juiz federal conceder fiança.

Durante a audiência em Burlington, Vermont, o juiz William Sessions ordenou a libertação imediata da estudante, que se tornou símbolo da campanha de Trump para deportar ativistas pró-Palestina em universidades dos EUA.

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