Mondragon Ramirez foi detido no último sábado após uma perseguição policial que terminou com o uso de dispositivos para parar o carro, que pertencia à própria vítima.
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Menino de 8 anos testemunha imigrante indocumentado assassinar brutalmente a sua mãe grávida na Carolina do Sul

Um crime brutal chocou a comunidade de Rock Hill, Carolina do Sul, após uma mulher grávida ser esfaqueada até a morte na frente de seu filho de 8 anos. Leonor Alpizar, de 37 anos, foi assassinada na manhã de 16 de maio dentro de sua residência em um parque de trailers na Iris Circle. O suspeito, Pedro Mondragon Ramirez, 41 anos, de origem mexicana, foi capturado após perseguição policial em Charlotte, Carolina do Norte, e extraditado para Rock Hill nesta semana.
Segundo o depoimento do detetive Nathan Anderson, do Departamento de Polícia de Rock Hill, prestado em audiência na quarta-feira (22), Mondragon Ramirez confessou o crime, motivado por ciúmes após encontrar uma camiseta masculina na casa da vítima. Ele esfaqueou Alpizar múltiplas vezes no abdômen, tórax e braços, mesmo sabendo que ela estava grávida de sete meses. O crime tirou também a vida da filha que ela esperava.
O filho mais novo de Leonor, aluno da segunda série em uma escola local, presenciou todo o ataque e relatou à polícia que viu Mondragon Ramirez esfaquear sua mãe. O suspeito e a vítima mantinham um relacionamento, embora a natureza exata dessa relação não tenha sido detalhada pelas autoridades.
Mondragon Ramirez foi detido no último sábado após uma perseguição policial que terminou com o uso de dispositivos para parar o carro, que pertencia à própria vítima. No veículo, a polícia encontrou evidências ligadas ao crime.
Durante a audiência, mais de uma dúzia de familiares e amigos de Leonor Alpizar compareceram ao tribunal. Abalados, pediram justiça para ela e para a bebê que não chegou a nascer. “Quero justiça para minha irmã e minha sobrinha”, declarou um dos irmãos da vítima, com ajuda de um intérprete. Outro irmão, visivelmente emocionado, não conseguiu falar.
O acusado, que também precisou de intérprete, permaneceu em silêncio durante a maior parte da audiência, limitando-se a afirmar que compreendia as acusações e que queria um advogado. O juiz negou fiança e nomeou um defensor público para representá-lo. Mondragon permanece sob custódia com algemas e correntes nas pernas.
De acordo com a Promotoria da 16ª Circunscrição Judicial, o caso será tratado integralmente pela justiça estadual antes de qualquer ação relacionada ao seu status migratório. A agência federal de imigração (ICE) já colocou um detentor sobre Mondragon Ramirez, o que indica que ele poderá ser deportado após o julgamento.
Leonor Alpizar, que era uma das oito irmãs e trabalhava em um armazém, deixa dois filhos: um adolescente de 18 anos e o menino de 8 que presenciou a tragédia. Ela também era de origem mexicana, segundo os autos do processo.
A próxima audiência do caso está prevista para este verão. Enquanto isso, a comunidade e os familiares clamam por justiça diante de uma tragédia que deixou marcas profundas em Rock Hill.
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