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Ancelotti sob as bênçãos do cristo

Rodrigo Caetano, Carlo Ancelotti e Padre Omar no Cristo Redentor

A semana inicial de Carlo Ancelotti à frente da seleção brasileira tem sido um turbilhão de compromissos e descobertas. Desde que aterrissou no Rio de Janeiro, o novo comandante da Canarinho tem conciliado as obrigações profissionais com o desejo de imergir na rica cultura e história do Brasil e do futebol local. E neste sábado, dia 31 de maio, Ancelotti cumpriu um de seus maiores desejos: visitar o icônico Cristo Redentor.

Acompanhado de sua comissão técnica, incluindo o coordenador executivo geral de seleções masculinas, Rodrigo Caetano, e seus auxiliares Paul Clement e Francesco Mauri, o italiano não apenas admirou a estátua de 38 metros, inaugurada em 1931, mas também recebeu o carinho de cariocas e turistas. Muitos pararam de apreciar a vista para celebrar e exaltar o novo treinador, que, com seu boné da seleção, posou para fotos e foi abençoado pelo reitor do Santuário, Padre Omar. Com o sacerdote, Ancelotti conversou sobre o prefácio que escreveu para o livro “Más allá de los limites – El deporte según el Papa Francisco”, mostrando sua conexão com temas que transcendem o campo.

A imersão cultural do técnico não parou por aí. Após a visita ao Cristo, a comitiva desceu para o Mirante Dona Marta, de onde Ancelotti pôde contemplar um panorama espetacular do Rio de Janeiro. De lá, foi possível avistar o Pão de Açúcar, a Praia de Copacabana, a Enseada de Botafogo, e pontos históricos do futebol, como o Estádio das Laranjeiras, palco do primeiro jogo da Seleção Brasileira em 1914, e o lendário Maracanã.

Desde sua apresentação oficial e o anúncio de sua primeira convocação na última segunda-feira, dia 26, a agenda de Ancelotti tem sido intensa. Ele esteve na sede da CBF e aproveitou para acompanhar de perto o futebol brasileiro, marcando presença no jogo do Botafogo contra o Universidad de Chile, pela Libertadores, no Nilton Santos — e até experimentou o tradicional biscoito de polvilho carioca.

Ainda em sua primeira semana, o treinador conheceu a estrutura de ponta da Granja Comary, em Teresópolis, na quarta-feira, dia 28, e no mesmo dia esteve no Maracanã para assistir ao Flamengo e Deportivo Táchira pela Libertadores. Na ocasião, Ancelotti teve a chance de observar de perto quatro de seus convocados rubro-negros: Léo Ortiz, Wesley, Alex Sandro e Gerson.

A partir da próxima segunda-feira, 2 de junho, a fase de preparação para os primeiros desafios oficiais de Ancelotti no comando da Seleção se intensifica. Ele e sua equipe focarão nos duelos pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026: contra o Equador, em 5 de junho, em Guayaquil, e contra o Paraguai, em 10 de junho, na Arena do Corinthians, em São Paulo.

BRASILEIRO MARQUINHOS CAMPEÃO DA LIGA DOS CAMPEÕES

O Paris Saint-Germain, enfim, alcançou o Olimpo do futebol europeu. Em uma noite memorável na Allianz Arena, em Munique, o PSG aplicou uma goleada histórica de 5 a 0 sobre a Inter de Milão, sagrando-se campeão da Liga dos Campeões e cravando seu nome na história do torneio. A vitória não só representa o primeiro título continental do clube francês, mas também marca um capítulo especial para o futebol brasileiro, com o zagueiro Marquinhos, capitão do time, sendo o segundo brasileiro a levantar a cobiçada taça “Orelhuda”.

A goleada, a maior já registrada em uma final de Liga dos Campeões, foi construída com gols de Hakimi, Doué (2), Kvaratskhelia e Mayulu, refletindo a força e a filosofia de um PSG rejuvenescido sob o comando de Luis Enrique. Após anos de investimentos e decepções com elencos repletos de superestrelas, como Mbappé, Messi e Neymar, foi este grupo menos badalado que entregou o título inédito à capital francesa.

A conquista do PSG teve um duplo toque brasileiro. Os zagueiros Marquinhos e Beraldo se juntaram ao seleto grupo de brasileiros que conquistaram o principal torneio do futebol europeu. A lista, que agora conta com 57 nomes, celebrou mais dois campeões neste sábado.

Para Marquinhos, a noite foi ainda mais simbólica. Além de ser o capitão da equipe, ele se tornou o segundo brasileiro na história a ter a honra de erguer a taça da Liga dos Campeões. O feito iguala a marca do lateral-esquerdo Marcelo, que como capitão, levantou o troféu pelo Real Madrid em 2022.

A relevância de Marquinhos para esta campanha vitoriosa é inegável. O zagueiro disputou 15 dos 16 jogos do PSG no torneio, sendo titular em todas as partidas e substituído apenas uma vez. Sua liderança em campo e a confiança depositada pelo técnico Luis Enrique foram pilares para a construção do sucesso parisiense.

Emocionado, Marquinhos expressou sua gratidão e orgulho após a partida.

“Não sei nem se a gente merecia tanto, 5 a 0 contra um time tão incrível do outro lado, que também merecia muito. Eu sou apaixonado por esse clube e tudo que fizemos nessa competição foi de se orgulhar”, declarou o capitão, lembrando os momentos difíceis e as críticas que enfrentou ao longo de sua trajetória no clube. “Vivo falando que eu fiquei muito velho o rápido nesse time. Às vezes, só futebol não tem uma fórmula secreta. Experiência é muito importante, mas hoje fomos campeões com um time muito jovem. Isso depende muito do que nosso treinador mostra e quer dentro de campo. Confiamos muito nele. Ele merece muito, trabalhou muito não só a tática mas a parte mental e espiritual. E conseguimos fazer um grande jogo.”

A vitória do PSG é um triunfo da visão de Luis Enrique, que soube reconstruir o elenco e implementar uma filosofia de jogo baseada no coletivo e na superação. O treinador espanhol, que já havia conquistado a Liga os Campeões com o Barcelona em 2015, reencontra a glória oito anos após a dolorosa derrota de 6 a 1 para o próprio PSG, nas oitavas de final daquela edição.

Com este título, o PSG, que já dominava o cenário nacional com a Ligue 1 e a Copa da França nesta temporada, projeta novos horizontes, como a Copa do Mundo de Clubes de 2025 nos Estados Unidos. “Vai ser muito interessante por conta da forma que é, por ter todos os grandes clubes do mundo, jogar contra adversários que a gente não está acostumado a jogar. A gente está com muita vontade de descobrir como vai ser essa competição”, comentou Marquinhos, o jogador com mais títulos na história da agremiação e do futebol francês (33 troféus).

Imagem divulgada no X da UEFA Champions League

FUTEBOL FEMININO: BRASIL BATE JAPÃO 

Os mais de 33 mil torcedores presentes à  Arena Corinthians testemunharam uma noite de gala para a seleção brasileira feminina na última  sexta-feira, dia 30 de maio, e o nome de Dudinha brilhou como uma estrela em ascensão. Com apenas 19 anos e em seu terceiro jogo com a  Amarelinha, a jovem atacante foi a autora de dois gols na vitória por 3 a 1 sobre o Japão, em um amistoso que marcou a excelente exibição da equipe comandada por Arthur Elias. Para a paulistana, que já frequentou as arquibancadas do estádio como torcedora, a noite foi um divisor de águas e ficará “eternizada na memória”.

“Esta noite é muito especial. Vou lembrar para o resto da vida”, vibrou a camisa 24, após o jogo. Dudinha revelou que as lágrimas já caíam no túnel de acesso ao campo, só de saber que iniciaria a partida como titular.

Abençoada com dois gols, ela viu seu sonho de criança se realizar no mesmo gramado em que, um dia, apenas mentalizava estar. A conexão com a torcida foi imediata: ao se deparar com jovens pedindo fotos na saída do hotel, ela se viu nelas, lembrando do próprio passado de fã.

O primeiro de Dudinha pela seleção foi um golaço, que incendiou a torcida. Aos 27 minutos do primeiro tempo, ela arriscou de fora da área, e a bola, após tocar no travessão, estufou as redes japonesas, liberando o grito de gol que ecoava nas arquibancadas. A emoção dobrou aos 41, quando, após um contra-ataque puxado por Kerolin, Dudinha chutou em cima da goleira Yamashita, mas foi oportunista no rebote, ampliando a vantagem.

O outro gol brasileiro foi de Kerolin, e a japonesa Seike descontou. A próxima chance de ver a seleção será nesta segunda-feira, dia 2, às 20h de Brasília, em Bragança Paulista, em novo confronto contra o Japão. Tais amistosos integram a preparação brasileira para a Copa América,  no Equador entre 12 de julho e 2 de agosto. As duas melhores seleções garantirão vaga nos Jogos Olímpicos de 2028. Do terceiro ao quinto lugar, classificarão para os Jogos Pan-Americanos de 2027.

Dudinha se emocionou com seu primeiro gol pela Seleção

Créditos: Livia Villas Boas/CBF

LÁ EM MINAS

AMÉRICA – Com a vitória por 2 a 1 sobre o Atlético-GO pela Série B, na terça, dia 27, o Coelho ampliou a invencibilidade no Independência. Agora são 36 jogos e 567 dias sem perder em casa, desde 8 de novembro de 2023, nos 3 a 0 para o Coritiba pela Série A do Brasileiro. Naquele ano, a equipe acabou rebaixada.

ATLÉTICO – No 1 a 1 com o Cienciano, em casa, na quinta, dia 29, pela Sul-Americana, chamou a atenção o fato de o atacante Hulk não ser mais o principal cobrador de faltas, por determinação do técnico Cuca.  Dos 125 gols de Hulk pelo alvinegro, 12 foram de falta e 41 de pênalti.

CRUZEIRO – O clube acertou no último sábado, dia 31 de maio, a compra do atacante Marquinhos. Emprestado pelo Arsenal, da Inglaterra, no início da temporada, o jogador agora pertence à Raposa até o fim de 2028.

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