Longa, dirigido por Daniel Nolasco, tem estreia em festivais de Guadalajara e Estados Unidos, além de Curitiba
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Lucas Drummond vive primeiro protagonista no cinema em “Apenas coisas boas”
Lucas Drummond se prepara para a estreia de seu primeiro protagonista no cinema em “Apenas coisas boas”, com direção de Daniel Nolasco. Gravado em 2024, o filme estreia dia 11 de junho no Festival Internacional de Cinema em Guadalajara, o maior da América Latina. No Brasil, tem sua estreia uma semana depois, no dia 17, no Olhar de Cinema, em Curitiba. E, ainda em junho, no dia 27, será exibido no Frameline, em São Francisco, Estados Unidos.
O longa, que estreia em 2026 nos cinemas, se passa em Catalão, interior de Goiás, em 1984, onde Antônio, interpretado por Lucas, vive sozinho e isolado cuidando dos afazeres de sua pequena fazenda até o dia em que seu destino cruza com o de Marcelo, personagem de Liev Carlos, um motoqueiro que sofre um acidente atravessando a região. Antônio cuida das feridas de Marcelo, os dois se apaixonam e vivem uma história que transforma, desestabiliza e provoca rupturas em cada um deles.
“Antônio é um caubói do interior de Goiás. O típico matuto: um homem do campo, rústico, introspectivo e sem muito traquejo social. Vive isolado em uma fazenda, onde suas únicas companhias são os animais, que ele cria como se fossem família, já que a relação com seu pai e único familiar vivo é bastante complicada. Talvez ele nunca tenha vivido um romance. Isso muda quando ele encontra o Marcelo na estrada, e os dois acabam se apaixonando”, conta.
Além de Liev, Lucas também contracena com Norval Berbari, que faz Tavares, seu pai na história, e Guilherme Théo, que faz Samuel, o capanga de Tavares. Na segunda fase do filme, acompanhamos Antônio e Marcelo 40 anos depois. Nessa fase, o elenco é composto, entre outros talentos, por Fernando Libonati, que faz o Antônio mais velho, Renata Carvalho e Igor Leoni. “O primeiro longa-metragem como protagonista é sempre um momento importante na carreira de um ator. Estou ansioso para finalmente poder compartilhar este trabalho, do qual tenho tanto orgulho, com o público. E feliz com a estreia em um festival tão importante como Guadalajara. Estrear em um festival de prestígio é sempre bom para a carreira de um filme!”, celebra Lucas, que estará em Guadalajara, junto com o diretor Daniel Nolasco, a convite do festival.
“Apenas coisas boas” faz um retrato das duas faces do amor romântico, a que liberta e a que aprisiona. O filme mostra o florescimento de um romance entre dois homens no interior de Goiás, nos anos 80, o auge da paixão e a mesma relação 40 anos depois. Daniel Nolasco, com sua carreira longa no audiovisual com temáticas LGBTQIAP+, traz paisagens rurais, muito romance, suspense, ação e erotismo.
“O Daniel é um dos grandes nomes do cinema queer brasileiro, na minha opinião. Então, trabalhar com ele já era um desejo meu. Por isso, fiquei muito empolgado quando ele me convidou para o filme. A filmografia dele traz personagens LGBTQIAP+ complexos, inseridos em um contexto muito particular do centro-oeste brasileiro, que é muito diferente do meu universo, totalmente urbano. Foi isso que mais me encantou nesse projeto: a chance de fazer um papel diferente de mim e que, por acaso, tem em comum comigo a sexualidade. E a experiência foi incrível. Além de muito sensível, o Daniel é um diretor muito parceiro, que sabe o que quer, mas também ouve os atores. Tenho certeza de que esse será o primeiro de muitos trabalhos juntos”, vibra.
Lucas também estará em dois curtas-metragens nesse ano. “Nesta data querida”, um musical com linguagem pop, jovem, divertido, onde ele interpreta João, melhor amigo do protagonista André, personagem de Vitor Rocha, por quem tem um crush não correspondido. O filme foi escrito por Vitor Rocha, com canções originais de Elton Towersey e direção de André Leão. Já “O Motorista”, que também foi dirigido por André, é um thriller sobre um motorista de aplicativo, que descobre um assassino em série na cidade e decide pegá-lo. Vitor, personagem de Lucas, é um dos passageiros que entra no carro e acaba sendo a pessoa errada, na hora errada, no lugar errado. Ambos têm previsão de estreia para o segundo semestre de 2025 em festivais e, posteriormente, chegam ao streaming.
Além dos curtas, Lucas integra o elenco de “Máscaras de oxigênio (não) cairão automaticamente”, da HBO Max. Minissérie baseada numa história real, em que um grupo de comissários de bordo começou a traficar AZT, um fármaco utilizado como antirretroviral para tratar os doentes de AIDS, para o Brasil, numa época em que o medicamento ainda não era produzido aqui. A minissérie é protagonizada pelo Johnny Massaro, com quem Lucas contracena interpretando Wes, um dermatologista norte-americano com quem ele se envolve e que fornece as receitas para que ele consiga comprar o remédio e trazer para o Brasil.
“É um projeto que retrata um capítulo muito importante da nossa história e ainda muito pouco explorado na dramaturgia brasileira, porque o HIV ainda é motivo de muito estigma e preconceito na nossa sociedade. Apesar de não ter cura, o HIV tem tratamento e a gente precisa falar sobre isso. Foi um projeto que me desafiou porque, como as minhas cenas se passam todas nos Estados Unidos e o personagem é norte-americano, os diálogos são todos em inglês.”, conta.
Saindo do audiovisual, Lucas ainda vai trazer para os palcos o espetáculo “O Formigueiro” no segundo semestre de 2025. A peça é uma comédia dramática que retrata o encontro de três irmãos no aniversário da mãe, que está em nos estágios finais da doença Alzheimer. Esse reencontro traz à tona traumas, disputas e um segredo de família, escondido sob as mentiras e as formigas do apartamento onde os três passaram a infância. Lucas divide cena com Diego de Abreu, Roberta Brisson e Rodrigo Fagundes, além de também ser idealizador e produtor do espetáculo.
“Três anos atrás, Thiago Marinho, autor e diretor do espetáculo, e que escreveu “O Pescador e a Estrela” junto comigo, me apresentou esse texto que ele havia escrito a partir da sua experiência com a avó, que teve Alzheimer por 10 anos. O projeto surgiu do desejo de falar como a convivência com uma doença sem cura pode transformar completamente a dinâmica de uma família. A peça, além de promover a conscientização sobre uma das principais doenças da contemporaneidade, é o equilíbrio perfeito entre comédia e drama, em uma obra extremamente popular. O tipo de espetáculo que eu gosto”, conta.
Instagram: https://www.instagram.com/lucasdrummond/
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