Após os “ataques de precisão massivos” ordenados pelo presidente Donald Trump contra o Irã, especialistas em segurança e autoridades americanas demonstram crescente preocupação com possíveis retaliações — não apenas no Oriente Médio, mas também dentro dos Estados Unidos.
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Após ataque de Trump ao Irã, especialistas alertam para risco de ciberataques e violência nos EUA

Da redação
Após os “ataques de precisão massivos” ordenados pelo presidente Donald Trump contra o Irã, especialistas em segurança e autoridades americanas demonstram crescente preocupação com possíveis retaliações — não apenas no Oriente Médio, mas também dentro dos Estados Unidos.
A maior ameaça, segundo analistas, vem de possíveis ciberataques conduzidos por agentes ligados ao governo iraniano, com alvos potenciais incluindo o sistema bancário, a rede elétrica e serviços municipais essenciais.
Um boletim recente do Departamento de Segurança Interna (DHS) alertou que, embora o Irã possa priorizar alvos israelenses inicialmente, as redes norte-americanas também estão em risco, já que o país é visto como apoiador direto das ações militares de Israel.
O boletim recomenda que setores de infraestrutura crítica nos EUA reforcem imediatamente suas defesas. O Centro de Segurança na Internet (CIS) informou que sistemas de água e esgoto nos EUA já foram comprometidos por hackers iranianos e alertou que, caso a capacidade militar do Irã seja prejudicada, o país poderá recorrer a táticas improvisadas ou ataques digitais através de redes informais.
Ameaça de grupos pró-Irã e extremistas internos
Além do ciberespaço, existe o temor de que grupos de milícia apoiados pelo Irã ataquem interesses dos EUA no exterior, especialmente no Oriente Médio. Embora esses grupos tenham pouca capacidade de atingir diretamente o território americano, ações menos sofisticadas ainda podem causar grandes transtornos e pressionar os serviços de emergência.
Outra preocupação diz respeito a extremistas violentos de inspiração xiita — vertente predominante do islamismo no Irã. Um relatório do Centro Nacional de Contraterrorismo, publicado em 2018, alertou que ações militares dos EUA contra o Irã podem motivar ataques de cidadãos radicalizados dentro do país.
Casos anteriores reforçam os alertas
O histórico recente reforça as preocupações. Após a morte do general iraniano Qassem Soleimani em 2020, o Irã lançou mísseis contra bases americanas no Iraque. No campo digital, o iraniano Sina Gholinejad se declarou culpado no mês passado por envolvimento no ataque de ransomware contra a cidade de Baltimore em 2019, que causou prejuízos de dezenas de milhões de dólares.
Além disso, no ano passado, o Departamento de Justiça dos EUA acusou Asif Merchant, um paquistanês com ligações ao governo iraniano, de planejar assassinatos políticos, incluindo uma suposta conspiração contra o próprio Trump e outros oficiais americanos, atuais e antigos.
Clima de alerta exige vigilância
Segundo especialistas, o cenário atual exige vigilância reforçada, monitoramento de ameaças e engajamento com comunidades vulneráveis, especialmente para detectar sinais de radicalização.
“Já vimos esse padrão antes”, disse uma fonte ligada à inteligência. “O risco não está apenas no que o Irã pode fazer diretamente, mas no que ele pode inspirar outros a fazerem.”
Com a escalada das tensões, a mensagem das autoridades é clara: a ameaça ao território americano é real, e os esforços de preparação e prevenção são mais urgentes do que nunca.
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