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Deputada da Flórida prepara relançamento de projeto de reforma imigratória com apoio bipartidário e de líderes do Vale Central

A deputada republicana Maria Elvira Salazar, da Flórida, está prestes a relançar o “Dignity Act”, projeto de lei de 2023 que propõe uma reforma abrangente do sistema imigratório dos Estados Unidos. A proposta busca fortalecer a segurança na fronteira e criar caminhos legais para que imigrantes indocumentados obtenham residência e cidadania.

A deputada republicana Maria Elvira Salazar, da Flórida, está prestes a relançar o “Dignity Act”, projeto de lei de 2023 que propõe uma reforma abrangente do sistema imigratório dos Estados Unidos. A proposta busca fortalecer a segurança na fronteira e criar caminhos legais para que imigrantes indocumentados obtenham residência e cidadania. O projeto já começa a ganhar apoio entre parlamentares de ambos os partidos e lideranças do Vale Central da Califórnia, onde a presença de imigrantes é essencial para a economia local.

Entre os apoiadores estão os deputados Adam Gray (D-Merced) e David Valadao (R-Hanford), que representam distritos com forte presença agrícola. Para eles, o atual sistema está falido e precisa de mudanças urgentes que ofereçam soluções reais para os milhões de imigrantes que vivem e trabalham nos Estados Unidos.

“A nossa comunidade não pode mais viver com medo”, afirmou Gray. “Há maneiras de melhorar o sistema de imigração, mas aterrorizar famílias e trabalhadores não é uma delas. Os imigrantes são nossos vizinhos, colegas de trabalho, amigos — eles sustentam o Vale há gerações.”

O projeto também conta com o apoio de Manuel Cunha, presidente da Nisei Farmers League e agora fundador da Immigration Reform for Frontline Workers Alliance, um novo grupo de defesa da reforma imigratória que pressiona por autorizações de trabalho mais amplas, além do setor agrícola. Cunha defende que a proposta de Salazar protege famílias, tira os trabalhadores da clandestinidade e fecha brechas para criminosos.

“Já controlamos a fronteira. Agora é hora de cuidar das pessoas que estão aqui e que não têm para onde ir”, declarou Cunha. “Se conseguimos fazer isso com Reagan, por que não agora com Salazar?”

O projeto de 2023, que não avançou no Congresso na época, previa o aumento do número de agentes de fronteira, investimento em infraestrutura e tecnologia de vigilância, e a exigência de verificação do status imigratório por parte dos empregadores. Também estabelecia caminhos para a legalização de imigrantes que chegaram ao país ainda crianças — os chamados Dreamers.

Segundo Cunha, os novos critérios de verificação e checagem de antecedentes são inspirados no Immigration Reform and Control Act de 1986, sancionado pelo presidente Ronald Reagan, considerada a última grande reforma imigratória aprovada pelo Congresso.

O deputado Valadao, que co-patrocinou a versão anterior do projeto, afirma que chegou a hora de um acordo sensato. “O país precisa de uma reforma que restaure a lei e a ordem, que combata a imigração ilegal, mas também ofereça uma oportunidade para que imigrantes que cumpram certos requisitos possam viver e trabalhar legalmente”, disse.

Enquanto os detalhes da nova versão do projeto ainda estão sendo finalizados, líderes políticos esperam que o clima bipartidário se mantenha. No ano passado, uma proposta semelhante com apoio do Senado dos EUA quase avançou, mas foi derrubada após oposição pública do então presidente Donald Trump.

Agora, com novos esforços de articulação e pressão de setores da economia dependentes de mão de obra imigrante, cresce a expectativa de que o “Dignity Act” ganhe tração no Congresso.

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