A brasileira Raquel de Souza Lopes, de 52 anos, natural de Joinville (Santa Catarina), teve seu pedido de asilo negado pela Justiça norte-americana na manhã do dia 18, em audiência realizada por volta das 11h (horário de Brasília) na cidade de Los Fresnos, no Texas.
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Justiça dos EUA nega asilo a brasileira condenada por atos de 8 de janeiro; defesa vai recorrer

A brasileira Raquel de Souza Lopes, de 52 anos, natural de Joinville (Santa Catarina), teve seu pedido de asilo negado pela Justiça norte-americana na manhã do dia 18, em audiência realizada por volta das 11h (horário de Brasília) na cidade de Los Fresnos, no Texas. Detida desde o início de janeiro, quando se apresentou voluntariamente às autoridades de imigração dos Estados Unidos, ela enfrenta agora o risco iminente de deportação.
Condenada pelo Supremo Tribunal Federal do Brasil (STF) a 14 anos de prisão em regime fechado por participação nos atos de 8 de janeiro de 2023, Raquel será encaminhada para cumprir a pena no Brasil caso o recurso de sua defesa não seja aceito. A Corte norte-americana estabeleceu um prazo de 30 dias — até 18 de julho — para que a defesa apresente argumentos contra a decisão.
A advogada Karla Tostato, que atua no Texas e tem experiência com pedidos de asilo, é responsável pela defesa de Raquel. Segundo informações, ela já prepara o recurso com base em princípios do direito internacional e em alegações de perseguição política.
Em contato telefônico com o filho, Acenil Francisco da Silva Júnior, Raquel comunicou a decisão judicial, mas demonstrou confiança de que o recurso possa reverter a situação. A família acompanha com apreensão o desfecho do caso, especialmente após a recente deportação de outra brasileira envolvida nos atos, Cristiane da Silva, de Balneário Camboriú (SC), que cumpre pena de um ano em regime semiaberto.
Outro caso semelhante é o de Rosana Maciel Gomes, moradora de Goiânia (Goiás), também condenada a 14 anos de prisão pelo STF. Rosana está detida nos EUA desde janeiro e, segundo familiares, já se encontra em processo avançado de deportação.
O caso de Raquel reforça o debate sobre o acolhimento de brasileiros que alegam perseguição política por sua participação nos atos de 8 de janeiro e tentam obter asilo em território americano. Até o momento, os pedidos têm sido rejeitados pelas autoridades judiciais dos Estados Unidos.
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