Higor de Souza, natural de Conselheiro Pena (MG), é um exemplo de superação e protagonismo. Exímio jogador de CounterStrike no gênero FPS e palestrante motivacional, Higor rompeu dificuldades pessoais e familiares, optando por não se ver como vítima, mas sim assumir o controle de sua própria história.
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Higor Souza: protagonismo de quem escolheu superar limites

Higor de Souza, natural de Conselheiro Pena (MG), é um exemplo de superação e protagonismo. Exímio jogador de CounterStrike no gênero FPS e palestrante motivacional, Higor rompeu dificuldades pessoais e familiares, optando por não se ver como vítima, mas sim assumir o controle de sua própria história. A partir do universo dos games, conquistou reconhecimento e descobriu coragem para enfrentar desafios, como uma viagem solo que mudou sua perspectiva de vida. Acompanhe aqui essa trajetória inspiradora.
BT: Higor, conte-nos como começou sua jornada no CounterStrike (CS).
Higor Souza: Eu comecei jogando por diversão, com meus amigos em Minas, nas antigas lan houses do Brasil. Logo percebi que tinha jeito, não sendo difícil me dedicar com mais seriedade. Com treinos que fazia constantemente, entrei em equipes competitivas na modalidade FPS. Foi aí que aprendi a ter disciplina e trabalho em equipe, compreendendo que podia decidir meu destino dentro e fora do jogo. Para mim foi muito mais que diversão. O CS me deu estrutura — horários, treino, parceria. Quando enfrentava momentos difíceis, o jogo me lembrava que eu podia escolher: ser vítima das circunstâncias ou me tornar protagonista da minha vida.
BT: Em algum momento você se sentiu vítima ou sofreu bullying?
Higor Souza: Eu sempre fui muito competitivo, então, sempre fui desencanado em relação a certas abordagens. Na minha infância, por exemplo, quando algum colega dizia “Oh, ele não tem braço”, eu respondia em um tom meio irônico: “Ué, se você está vendo é sinal de que você não é cego”. Sem contar que eu fazia coisas que outras crianças não faziam, tipo andar a cavalo, pulava de skate deitado, descia no toboágua, jogava bola… cheguei inclusive a quebrar meu pé. Portanto, se sofri bullying, não percebi.
Higor de Souza, natural de Conselheiro Pena (MG), esteve presente no podcast do Brazilian Times
BT: Você já chegou a pensar no uso de próteses?
Higor Souza: Quando você pesquisa sobre próteses mecânicas para pessoas sem braço, há muita coisa, mas não há muita informação consistente. A única coisa que achei, pesquisando, foi um vídeo de uma pessoa usando um braço mecânico. Eu nunca havia cogitado a hipótese de usar um. Obviamente, sempre quis ter braços e pernas verdadeiros. Quando nos deparamos com a possibilidade de ter uma prótese, pessoas se mobilizaram para fazer um fundraising e com pouco tempo conseguimos adquirir um exemplar. Contudo, não consegui me adaptar com o uso. Sentia-me mais livre sem a prótese, além de conseguir fazer as coisas do dia a dia muito mais rapidamente do que com o uso do braço mecânico. Preferi abrir mão do uso dele.
A partir do universo dos games, conquistou reconhecimento e descobriu coragem para enfrentar desafios
BT: O evangelista Nick Vujicic, que também nasceu sem braços e fêmur conta em suas palestras como ele venceu a depressão. Houve momentos em que você se sentiu vulnerável emocionalmente?
Higor Souza: Já cheguei a me sentir triste, quando refletia sobre o fato de ter nascido sem braços e pernas, pois, querendo ou não, as coisas são mais difíceis para quem tem essa condição. Contudo, desde novo eu conseguir estabelecer em minha mente: “Eu não tenho braço, então, o que vou fazer?”. Decidi viver. Resolvi ‘partir pra cima’, qualquer que fosse a situação a ser enfrentada. E, graças a Deus, sempre tive minha mãe que sempre me mostrou que, se não tem como ser de outro jeito, você precisa optar sobre como você vai viver.
Higor rompeu dificuldades pessoais e familiares, optando por não se ver como vítima, mas sim assumir o controle de sua própria história
BT: E no CS, houve alguma situação desafiadora que reflete esse mesmo perfil?
Higor Souza: Certamente. Já perdemos partidas decisivas, mas usei isso para evoluir. Analisava tudo, apontava erros, treinava mais forte. Não ficava lamentando – eu agia. E aos poucos fui subindo de posição.
BT: Que mensagem você deixa para quem sente que a vida não está sob controle?
Higor Souza: É possível tomar as rédeas da situação, por pior que as coisas pareçam estar. Não adianta se vitimizar. Acorde, reflita com honestidade, trace um plano e siga. Viva o hoje. Não viva no passado nem no amanhã. Viver o agora é a melhor coisa, e é isso que quero mostrar às pessoas. A mudança começa por você, um passo por vez.
Coma família, sua mãe Patrícia Souza e sua irmã, seu porto seguro
Quem quiser chamar Higor para compartilhar essa história de superação em palestras, workshops ou eventos, pode contatá-lo via:
- Instagram: @higorsouzacs
- E-mail: higorsouzamg@gmail.com
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