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Publicado em 30/06/2017 as 2:00pm

Condenado por assassinar conterrâneo, brasileiro pega só 7 anos de cadeia em NJ

Felipe Amaral terá que a sentença de detenção nos EUA, antes de ser deportado ao Brasil, onde possui antecedentes por violência doméstica.

Condenado por assassinar conterrâneo, brasileiro pega só 7 anos de cadeia em NJ Felipe Amaral, à esquerda, assumiu ter matado Dario Rodrigue

Em junho desse ano, finalmente encerrou-se um capítulo doloroso na vida dos familiares de Dario Rodrigues, assassinado a facadas no bairro do Ironbound, na cidade de Newark, na noite de 2 de julho de 2015. Na ocasião, a morte brutal do imigrante abalou a comunidade brasileira na região, pois o principal suspeito era o sergipano Felipe de Amaral, de 25 anos na época, que havia recebido abrigo e ajuda financeira da vítima, quando imigrou aos EUA.

Dario trabalhava como atendente numa lanchonete no Ironbound, e causou estranheza entre os colegas quando não compareceu ao almoço combinado anteriormente com um amigo e, posteriormente, ao local de trabalho para cumprir o turno da noite. Na ocasião, a vítima foi encontrada morta em seu quarto pelo senhorio do apartamento, depois que amigos pediram-lhe para abrir a porta principal do imóvel.

De acordo com o Brazilian Voice, após entregar o passaporte brasileiro aos detetives, Felipe tentou tirar uma segunda via no Consulado Geral de Nova York e fugir dos EUA, quando foi preso e oficialmente acusado de homicídio. A condenação de Amaral ocorreu depois de um acordo feito com a promotoria pública e ele terá que cumprir 7 anos de detenção nos EUA, antes de ser deportado ao Brasil, onde possui antecedentes por violência doméstica. O réu teria confessado o crime em troca de uma pena mais branda.

Entenda o caso:

Generoso, carinhoso, tranquilo e trabalhador, foram com essas palavras que o mineiro Filipe Castor, de 32 anos, definiu o pai, Dario Rodrigues, de 64 anos, morto a golpes de faca na madrugada de 3 de julho de 2015, em Newark (NJ). Entretanto, as palavras de carinho não escondem a saudade e a dor da perda do pai de forma tão violenta. Além da coincidência dos nomes, os destinos dos dois jovens estão ligados, de forma trágica, para sempre. O suspeito, o sergipano Felipe Amaral, de 25 anos, foi preso logo depois de pegar no Consulado do Brasil em Nova York a segunda via do passaporte, pois o primeiro havia sido confiscado pelas autoridades americanas. Principal suspeito no caso, ele esteve preso em New Jersey sob a fiança de US$ 1 milhão.

Na ocasião, conforme Filipe, que é formado em Jornalismo e estuda Direito em Belo Horizonte (MG), em entrevista exclusiva à equipe de reportagem do BV, via telefone, Dario conheceu Amaral através de amigos em comum no Facebook. A vítima começou a trabalhar muito cedo, desde os 14 anos, e era generoso com seus parentes, portanto, Filipe acredita que o pai tenha sentido a necessidade de também ajudar o suspeito, que demonstrou interesse em imigrar aos EUA. Na época, Dario enviou remessas de dinheiro para que Amaral tirasse o passaporte e solicitasse o visto de turista.

Uma vez nos EUA, Rodrigues acolheu Felipe em seu apartamento, no bairro do Ironbound, em Newark (NJ), até que o desaparecimento do dinheiro do aluguel fez com que ele o despejasse do imóvel. “O meu pai tinha deixado o dinheiro do aluguel em cima de um móvel e ele (Felipe) respondeu cinicamente que era melhor trocar a fechadura da porta de entrada do apartamento porque alguém poderia ter a chave”, disse Castor.

Conforme Filipe, outra agravante foi o fato de Amaral dizer a Rodrigues que passava o dia procurando emprego, quando foi alertado por amigos que ele teria sido visto dirigindo o carro da vítima pelo bairro e frequentando casas noturnas da cidade.

“Ele (Fillipe) não foi aí para trabalhar; ele queria era curtir a vida. Já viajei por quase todo o Brasil, portanto, conheço a região dele. Ele é um jacu (camponês) que saiu do interior e, de repente, vai parar em Nova York, na esquina do mundo”, comentou Castor. “Ele ficou deslumbrado porque é um jacu”.

Fonte: Redação - Brazilian Times

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