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Publicado em 24/09/2019 as 9:30pm

Democratas dão primeiro passo para processo de impeachment de Trump

Presidente da Câmara anuncia medidas depois de aumentar pressão no partido para investigar o republicano

A presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, a democrata Nancy Pelosi, anunciou nesta terça-feira, dia 24, os primeiros passos para o impeachment do presidente Donald Trump. Ela explicou que vai abrir uma investigação formal para determinar se ele pode ser afastado do cargo. 

Os democratas acusam Trump de usar o cargo para perseguir um adversário político. "O presidente precisa ser responsabilizado pelos seus atos", disse Pelosi. "Ninguém está acima da lei."

Agora, a Comissão de Justiça da Câmara investigará se houve crimes que justifiquem que Trump seja impedido de exercer o cargo. Em caso afirmativo, a Câmara vota pelo impedimento, que é aprovado por maioria simples.

Pela Constituição americana, impeachment é uma figura jurídica equivalente à do indiciamento. A palavra final para o possível afastamento de Trump cabe ao Senado, onde o Partido Republicano detém maioria. No momento, a tendência é a de que o impeachment não seja concluído, mesmo se for aprovado na Câmara. 

Pelosi disse a membros da bancada numa reunião a portas fechadas no Congresso que Trump violou o juramento à Constituição quando pediu para um líder estrangeiro ajuda em sua campanha. "O que aconteceu na semana passada é muito grave e afeta nossa Constituição", disse Pelosi, segundo o site Politico. "Minha intenção, com o apoio da bancada, é seguir adiante com o procedimento de impeachment."

Pelosi encarregou seis comissões da Câmara de investigar possíveis violações cometidas por Trump. Qualquer uma delas pode determinar se houve irregularidades. A partir de então, os democratas votarão para determinar se o processo será aberto e levado ao Senado. 

Há meses, ela resistia a autorizar medidas similares. A presidente da Câmara foi convencida a mudar de ideia pelos colegas de bancada, depois de relatos de que Trump teria pressionado o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, a investigar o pré-candidato democrata à presidência Joe Biden e sua família. O filho de Biden, Hunter,  trabalhou em uma empresa de gás no país quando o pai era vice-presidente dos EUA. 

Em pronunciamento nesta tarde, Biden acusou Trump de "rasgar a Constituição".  "Se Trump continuar a obstruir o Congresso, não haverá alternativa que não seja iniciar o impeachment", disse.

Destituir o presidente efetivamente, porém, seria ainda mais complicado, porque exigiria o apoio de boa parte da bancada republicana no Senado - um núcleo duro do governo Trump.

A maioria dos congressistas republicanos se manteve em silêncio sobre os relatos de que o presidente teria pressionado o líder ucraniano a investigar Hunter Biden, filho do ex-vice-presidente. 

O assunto ganhou peso depois que um funcionário do governo protocolou uma denúncia anônima que relatava uma conversa suspeita entre Trump e Zelenski, em 25 de julho. Os democratas exigem acesso à transcrição do telefonema, mas o Diretório de Inteligência Nacional nega a liberação do conteúdo. 

Fonte: O Estadão

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