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Publicado em 1/05/2023 as 1:00pm

COLUNA ESPORTE TOTAL

Pilotos de “Baku” na mão! Pelo risco constante com a proximidade dos muros de...

Pilotos de “Baku” na mão!

Pelo risco constante com a proximidade dos muros de proteção, sem falar da curva do castelinho parecendo um beco de “favela” de tão estreito, que os pilotos ficaram com “Baku” na mão com constante riscos de acidente. A largada no Azerbaijão foi das mais civilizadas dos últimos anos, sem toques, batidas, xingamentos, dedos do meio ou bananas. “Posso passar aqui, senhor?”, dizia um “À vontade, querido!”, respondia o outro. “Se precisar, posso me afastar um pouquinho mais”, acrescentava um terceiro. Parece brincadeira, mas é exatamente essa a impressão que tive acompanhando cheio de sono na manhã do domingo (30) em Atlanta, o GP de Baku, capital do Azerbaijão.

Leclerc, o pole, sustentou a ponta no início, mas sabia que era questão de tempo até ser ultrapassado pelo muleke voador, posto que o ritmo de corrida da Ferrari só é bom por, sei lá, no máximo uns cinco minutos. Na quarta volta, super Max abriu a asa, fez tchauzinho e foi embora. Resistência zero. Pérez, em terceiro, notou a facilidade e engoliu o Monegasco ferrarista na sexta volta. É lamentável dizer, mas naquele momento, apenas seis voltas de 51 previstas, a corrida tinha acabado. A não ser, claro, que algo estranho e fora da curva, ou melhor, nas curvas, acontecesse.

 

Entediante, aborrecida e sem emoção

Diferentemente da Austrália onde o GP teve doses cavalares de caos e adrenalina máxima com três bandeiras vermelhas, recorde em uma corrida na história da categoria. A corrida do Azerbaijão na bela capital de Baku, foi entediante, aborrecida, sem emoção e com domínio absurdo da Red Bull. Foi assim o chatíssimo GP do Azerbaijão, vencido por Pérez. Não teve disputa, polêmica, briga, nada. Tudo muito burocrático e “medroso". Os pilotos me pareceram traumatizados com os muros, onde os pneus passavam tirando tinta.

"Ah, o domínio da RBR está chato", Max Verstappen e Pérez não tem adversários com o mesmo carro. Se não tem surpresas com quebras de motor, erro de equipe ou do piloto, Já sabemos quem vai ganhar a corrida de antemão. Escuto todas essas frases desde o ínicio da temporada 2023 da Fórmula 1, tamanho é o domínio da equipe austríaca e do RB19, mais um excelente carro idealizado por Adrian Newey, o mago da aerodinâmica.

A FIA, no intuito de melhorar o entretenimento e atração do público das sextas e sábados, modificou tudo aos 45 do segundo tempo, com treino classificatório na sexta, corrida Sprint no sábado e corrida principal no domingo. A galera que realmente oferece os espetáculos que são os pilotos, ficou muito dividida com as mudanças.

A prova teve raríssimas disputas e emoções. Max perdeu a corrida (por erro da equipe que o chamou para o box mesmo sabendo de um possível safetycar que acabou acontecendo) por ter feito seu pit stop segundos antes da entrada do safetycar no início da prova, após batida de Nyck de Vries. Deu azar. Pérez aproveitou, ganhou a ponta e não largou mais. Dali até o final, o que se viu foi uma procissão pelas ruas da ex-república soviética banhada pelo Mar Cáspio.

No próximo domingo dia 07, a ensolarada e charmosa Miami recebe pela segunda vez no circuito internacional seu GP.

 

Coluna: Esporte Total

Texto by: Roberto Vieira

Jornalista e Comentarista Esportivo

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