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Publicado em 1/10/2008 as 12:00am

Governo reage à crise e antecipa R$ 5 bilhões para a agricultura

Ministro da Fazenda descartou 'pacotão' contra a crise dos EUA. Ele admitiu, entretanto, que a turbulência vive 'momento agudo'

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, descartou nesta quarta-feira (1º) a adoção de um pacote pelo Brasil para enfrentar os reflexos da crise econômica dos Estados Unidos e anunciou a antecipação de R$ 5 bilhões em créditos para agricultura. "Pacote é coisa do passado. Quem precisa de pacote, de um pacotão, diga-se de passagem, são os Estados Unidos”, afirmou.

Em entrevista após a reunião da coordenação política com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro disse que o governo vem tomando medidas para enfrentar a crise, como a antecipação de recursos para a agricultura. "Achamos que mais R$ 5 bilhões resolvem o problema", afirmou. Segundo Mantega, a liberação de recursos “já está sendo posta em prática, já está sendo disponibilizada”.

Mantega afirmou que o Brasil está adotando medidas para que não falte crédito às exportações brasileiras. “O Banco Central está fazendo leilões de dólares, dando linhas de crédito, estamos estimulando os bancos a liberarem crédito para viabilizarem as exportações”, disse. “Se isso não for suficicente, novas medidas serão tomadas de modo a irrigarmos essas linhas de crédito para a exportação.”

De acordo com o ministro, os países mais atingidos pela crise são os que têm desequilíbrios fiscais, comerciais, crescimento mais baixo e reservas menores. “O Brasil está naquele grupo de países menos atingidos porque tem crescimento maior, tem reservas no mercado interno mais robustas e contas públicas equilibradas”, afirmou.

"Eu diria que o mês de setembro foi o pior da crise. Nesse mês, nós mantivemos as reservas intactas. Não caiu um tostão. Se nós lembrarmos a crise de 1998, a crise da Rússia, que era uma crise de terceira ou quarta categoria diante dessa, as nossas reservas evaporaram em pouca semanas", afirmou.

O ministro disse ainda torcer para que os Estados Unidos acertem um acordo para votar o pacote de US$ 700 bilhões de ajuda aos bancos. Ele afirmou também esperar que o projeto não beneficie apenas os banqueiros, como também os mutuários e correntistas bancários do mercado norte-americano. 

Noticiário negativo

O ministro também fez questão de afirmar que tem observado no noticiário da imprensa brasileira avaliações bastante negativas sobre o impacto da crise internacional na economia do país. "Não concordo com avaliações pessimistas como as publicadas hoje de que a economia vai crescer de 1% a 2% em 2009", afirmou. "É totalmente impossível."

Guido Mantega disse que, mesmo que o governo ficasse de braços cruzados, a economia brasileira já teria impulso suficiente para crescer de 2,5% a 3% em 2009. "Mas o governo não está de braços cruzados", afirmou. A determinação do presidente é que nós vamos dar sustentação pra todos os investimentos”, disse.

O ministro garantiu que não faltará crédito para o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) e investimentos. Disse ainda que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai cumprir seu cronograma de desembolsos, de R$ 90 bilhões, e o Fundo da Marinha Mercante terá mais recursos.

'Momento agudo'

Ao comentar a reunião de coordenação política desta manhã, Mantega disse que a crise já dura mais de um ano e que agora está no seu momento mais agudo. Ele destacou que o Brasil está no grupo de países menos atingidos, por causa de seus bons fundamentos econômicos.

“Seja qual for o desdobramento da crise, nós continuaremos trilhando o caminho do crescimento. Nós estaremos alertas para enfrentar todos os problemas que são criados por essa crise”, disse.

Fonte: (G1)

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