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Publicado em 3/11/2008 as 12:00am

Unibanco e Itaú anunciam fusão e criam gigante financeiro

Banco deverá ser o maior do hemisfério sul, segundo comunicado. Nova controladora será denominada Itaú Unibanco Holding S.A

Os bancos brasileiros Unibanco e Itaú anunciaram nesta segunda-feira (3) que se unirão para formar um conglomerado com valor de mercado entre os 20 maiores do mundo. O novo banco deverá ser o maior do hemisfério sul, segundo comunicado oficial do banco Itaú.

Segundo a nota da instituição, a operação “surge em momento de grandes mudanças e oportunidades no mundo, particularmente no setor financeiro”.

A operação precisa ser aprovada em assembléias extraordinárias de acionistas - previstas para serem realizadas entre a última semana de novembro e a primeira semana de dezembro -, pelo Banco Central do Brasil e demais autoridades competentes, como o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Procurado pelo G1, o Cade informou que irá avaliar os riscos concorrenciais apenas após ser notificado da operação. As instituições têm 15 dias para notificar o órgão.

Segundo as instituições financeiras, o novo banco resultante da fusão terá R$ 575 bilhões em ativos e patrimônio líquido de cerca de R$ 51,7 bilhões. Contará com aproximadamente 4,8 mil agências, representando 18% da rede bancária; e 14,5 milhões de clientes de conta corrente, ou 18% do mercado.

Em volume de crédito, representará 19% do sistema brasileiro; e em total de depósitos, fundos e carteiras administradas, atingirá 21%. 

Ainda de acordo com o comunicado oficial do Itaú, nada muda operacionalmente para os clientes dos dois bancos neste momento. Todos continuarão a utilizar normalmente os diferentes canais de atendimento, cheques, cartões e demais produtos e serviços.

Ranking

Segundo levantamento da consultoria Economatica, o banco resultante da fusão será o 9º maior das Américas em ativos, com US$ 324,041 bilhões, à frente do Banco do Brasil, com US$ 261,639 bilhões, e do Bradesco, com US$ 220,815 bilhões.

Entre os bancos com capital aberto, o Itaú-Unibanco será o sexto maior da Américas em valor de mercado, com US$ 41,323 bilhões, à frente do Bradesco, com US$ 34,162 bilhões.

Novo modelo

Os controladores da Itaúsa e Unibanco constituirão uma holding em modelo de governança compartilhada. O Conselho de Administração será presidido por Pedro Moreira Salles (atual Unibanco) e o presidente-executivo será Roberto Egydio Setubal (atual Itaú). O anúncio foi feito com base em uma negociação de mais de um ano.

Segundo comunicado enviado à Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), onde os dois bancos têm ações negociadas, a associação contemplará reorganizacao societária, que resultará na migração dos atuais acionistas do Unibanco Holdings S.A. e Unibanco - União de Bancos Brasileiros S.A., mediante incorporações de ações, para uma companhia aberta, a ser denominada Itaú Unibanco Holding S.A., atual Banco Itaú Holding Financeira S.A., cujo controle sera compartilhado entre a Itaúsa – Investimentos Itaú S.A. e os controladores da Unibanco Holdings, por meio de holding não financeira a ser criada. 

Acionistas minoritários

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) irá analisar se a fusão respeita os direitos dos acionistas minoritários e identificar se houver algum prejuízo a eles.

Segundo o fato relevante, cada 1,1797 ação ordinária do Unibanco e do Unibanco Holdings valerá uma ação do Itaú Unibanco Holding. Cada 1,7391 ação Unit valerá uma nova ação. E 3,4782 ações preferenciais do Unibanco e Unibanco Holdings valerão uma ação.

"Na medida em que os acionistas do Unibanco passarão a ser acionistas do Itaú, como está ali no fato relevante, ações do Unibanco estarão sendo incorporadas ao capital do Itaú. Cabe à CVM analisar essa operação e verificar o cumprimento do direito dos acionistas minoritários. Em que base esses acionistas serão migrados do capital do Unibanco para o capital do Itaú, ou seja, quais as bases em que foi fixada a relação de troca, na transferência patrimonial desses acionistas", explicou a superintendente de relações com empresas, Elizabeth Machado.

Segundo ela, toda a operação será analisada pela CVM, desde a divulgação, realização de assembléias e a fixação de relação de troca para a transferência de acionistas.

 

Fonte: (G1)

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