Embora uma das bases do
programa
Mais Médicos seja o código de recrutamento de profissionais da
Organização Mundial da Saúde, que permite a atuação de estrangeiros em
países com proporção profissional/habitante menor que em sua terra
natal, esta condição está afetando áreas de um país com quase que o
dobro da nossa proporção de médicos. Na Argentina, cidades fronteiriças
com o Brasil estão preocupadas com o êxodo de profissionais em busca de
um salário melhor oferecido pelo projeto do governo federal.
Em El Soberbio, três dos oito médicos do principal hospital público se
inscreveram no programa. O município possui 67.698 habitantes e faz
fronteira com o Rio Grande do Sul.
Oscar
Ahuad, ministro da Saúde (equivalente a secretário) da província de
Misiones, onde está localizado o município, afirmou, em reportagem ao
jornal argentino "Clarín", que considerava pedir ao governo provincial
que uma queixa formal fosse formulada ao Brasil sobre o assunto.