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Publicado em 4/10/2013 as 12:00am

Em Assis, Papa defende a 'cultura do acolhimento'

Em Assis, Papa defende a 'cultura do acolhimento'

São Paulo - O papa Francisco chegou nesta sexta-feira, 04, a Assis, na Itália, para uma visita repleta de símbolos que marcam seu pontificado. Hoje é o dia do santo que lhe inspirou o nome e os principais temas de seu papado: o cuidado pastoral dos necessitados, a defesa da paz e a preservação do meio ambiente. Aguardado por cerca de 100 mil pessoas, o papa visitou o Instituto Serafico de Assis, uma instituição católica para jovens deficientes físico e mentais, junto ao monte Subiaco, e abraçou e abençoou os jovens.

"Infelizmente a sociedade está poluída pela cultura do desperdício, que se opõe à cultura do acolhimento. E as vítimas da cultura do desperdício são precisamente as pessoas mais frágeis", disse seguindo em parte o discurso escrito, que não leu mas cuja divulgação foi autorizada. Nele, saudou como "sinal da verdadeira civilidade, humana e cristã" o trabalho da instituição.

O papa disse ainda que hoje é "dia de lágrimas" na Itália, referindo-se à tragédia que provocou a morte de mais de uma centena de pessoas (há ainda mais de 200 desaparecidos) num naufrágio com um navio de imigrantes, no Sul da Itália. "Hoje é um dia de lágrimas", disse. Francisco - que na quinta-feira se referiu ao ocorrido como uma "vergonha" - denunciou a "indiferença para com os que fogem da escravatura, da fome, para encontrar a liberdade e encontram a morte como ontem em Lampedusa".

Além de orar no túmulo do santo, Francisco almoçará com pobres atendidos pela Caritas. Mais uma vez, o papa segue os passos de João XXIII, responsável pela convocação do Concílio Vaticano 2.º.

Em 4 de outubro de 1962, João XXIII deixou Roma para ir a Assis às vésperas da abertura do concílio que mudou a Igreja. Francisco faz a mesma peregrinação no momento em que a comissão de oito cardeais por ele nomeada para reformar a Igreja começa a chegar às primeiras conclusões, conforme disse ontem o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi.

Acabando com o "centralismo de Roma" e dando poderes às igrejas espalhadas pelo mundo, Lombardi confirmou que a Igreja terá nova Constituição Apostólica. Além disso, a Secretaria de Estado - principal cargo do governo do Vaticano - será inteiramente modificada para se tornar uma Secretaria Papal, colocando a Santa Sé a serviço dos fiéis, e não do poder do Estado. Segundo Lombardi, haverá uma "a reforma total da organização da Cúria".

Processo

A primeira etapa será a elaboração da nova Constituição Apostólica, que substituirá a atual, a Pastor Bonus, feita em 1988 por João Paulo II. O documento regula a forma pela qual a Cúria opera e a divisão de poderes na Santa Sé.

A pauta da comissão inclui o tratamento dado aos divorciados. O papa já indicou que está disposto a rever as regras para a comunhão dos divorciados que voltam a se casar e as regras da anulação de matrimônios.

Fonte: www.uol.com

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