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Publicado em 27/12/2013 as 12:00am

Brasileiros passam Natal fazendo compras nos EUA

Brasileiros passam Natal fazendo turismo de compras nos EUA

No dia 25, a funcionária pública Renata Cascão e seu filho, Gabriel Cascão de Oliveira, viveram a magia do Natal em família. Desta vez, porém, a festa ganhou um tom diferente. É que pela primeira vez na vida eles comemoraram a emblemática data longe do Brasil. Com outras seis pessoas da família, os dois passaram o Natal sob o colorido de Orlando, em Miami, nos Estados Unidos (EUA). Renata e Gabriel resolveram unir o últil ao agradável. Depois da noite feliz colorida pela magia da cidade que abriga parques temáticos como Disney, Sea World, Islands Adventure e Universal Studios, hoje eles pretendem mergulhar em compras aproveitando o Boxing Day, tradicional megaliquidação dos EUA do dia 26 de dezembro. Sim. É lá que, como milhares de outras famílias brasileiras, eles vão comprar os seus presentes de Natal. Renata vive em Brasília e, antes de chegar a Orlando, passou por Boston e Nova York, unindo o prazer de viajar à oportunidade de fazer compras na terra de Tio Sam, onde encontrará produtos de marcas com preços muito mais baratos do que os comercializados no Brasil. "Esta é uma época excelente para fazer compras por causa das promoções que acontecem depois do Natal. Além disso, a decoração natalina em Nova York e Orlando é linda", explica. Uma das expectativas, segundo ela, é comprar um Lego Star Wars para o filho no Boxing Day, no qual as mercadorias são vendidas a preços significantemente menores do que os originais. No Brasil, uma caixa do brinquedo com 850 peças chega a custar R$ 911. "Na liquidação norte-americana ela sai por um terço do preço cobrado no Brasil" calcula. Há duas semanas, o casal de advogados Henrique Freire e Sílvia Freire saiu de Belo Horizonte em direção ao estado do Colorado, nos Estados Unidos, para se encontrar com a família, uma turma de 10 pessoas. Também no caso deles, foi o primeiro Natal nos EUA. Ao partir do Brasil, nas bagagens levaram poucas peças de roupa, além de equipamentos para esquiar. "Primeiro vamos para uma estação de esqui e depois seguimos para Miami para fazer compras. Queremos comprar de tudo", diz Henrique. Ele não abre mão de trazer um terno Hugo Boss, que nos shoppings da capital mineira custa R$ 2,5 mil e lá sai por US$ 500 (ou R$ 1.190). Sílvia, pelo seu lado, garante que não volta da América em um lustre italiano Artemide, cujo preço é de R$ 20 mil no Brasil e nos Estados Unidos sai a US$ 1,8 mil (R$ 4.284). A economia é de R$ 15.716. A viagem de Natal para os EUA ? de preferência recheada com muitas compras ? virou o must da temporada de fim de ano entre os integrantes da alta classe média brasileira, que une o útil (as compras) ao agradável (o passeio), levando em consideração o volume de dinheiro que gastariam aqui e abatendo esse valor no custo total da viagem. Dados do Banco Central mostram que no mês passado os gastos de brasileiros fora do país bateram em US$ 1,874 bilhão, um recorde para novembro. No acumulado do ano até o mês passado, 96,1% do dinheiro despendido fora do país foi destinado ao turismo e às compras com cartão de crédito. A série histórica desde 1995 mostra que os gastos dos brasileiros com turismo internacional nunca tiveram uma participação tão alta nos 11 primeiros meses do ano quanto tem agora: responderam por 46,8% das despesas no exterior com viagem. TENTAÇÃO De acordo com Nuno Folto, professor da Faculdade de Economia e Administração (FEA) da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador do Programa de Administração do Varejo (Provar) da Fundação Instituto de Administração (FIA), da mesma universidade, apesar da desvalorização do real em comparação com o dólar, as grandes ofertas nos EUA continuam sendo uma atração tentadora para os brasileiros. De junho do ano passado até agora, de acordo com levantamento da Global Financial Advisor, a moeda americana teve valorização de 16,2%, saindo de R$ 2,0401 para R$ 2.372. "É nos Estados Unidos que estão concentradas as grandes ofertas. O fato de os brasileiros irem comprar lá fora não é ruim. Pessoas de diferentes classes sociais passam a ficar mais exigentes com as compras no mercado interno. As compras fora do país podem ajudar na reputação negativa de algumas empresas aqui, mas podem também qualificar a oferta nacional", observa Folto. O casal de servidores públicos Érica Magalhães Frattari e Carlos Heitor Frattari tomou um avião da American Air Lines rumo a Orlando, nos Estados Unidos, pela segunda vez na vida. Apesar de não ser a viagem de estreia da família à terra de Tio Sam ? os filhos Heitor e Maria Clara Frattari estão incluídos no pacote ? no fim de 2013 o passeio ganhou um atrativo extra. Esta foi a primeira oportunidade que tiveram de fazer as compras de Papai Noel nos Estados Unidos e de passar o Natal por lá. Por isso, os quatro seguiram rumo aos States de malas praticamente vazias. Mas a bagagem voltará cheia de produtos que, se fossem comprados no Brasil, saíriam a preços muito mais salgados. "Com as compras, o custo total da nossa viagem vai ficar entre R$ 35 mil e R$ 40 mil, dos quais cerca de R$ 15 mil serão destinados ao consumo", conta Carlos Heitor Frattari.

Fonte: (Estado de Minas)

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