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Publicado em 5/01/2016 as 12:00am

Fala de Jaques Wagner acentua mal-estar entre PT e governo

Em declarações, Ministro disse que PT se lambuzou no poder e o responsabilizou pela crise política ao não fazer reforma.

A repercussão da entrevista do atual ministro da Casa Civil, Jaques Wagner(PT-BA) ao jornal Folha de São Paulo, causou uma grande mal-estar e uma irritação no seu partido, PT.  Nas declarações feitas, Wagner acusa o PT de se 'lambuzar' com a chegada ao poder e o responsabiliza por não ter feito a necessária reforma política. As reações surgiram por parte de políticos ligados ao governo e dirigentes do partido em capitais como São Paulo e entre os parlamentares, que levaram o fato ao conhecimento do Palácio do Planalto.

A reação dos políticos ligados ao governo

As reações observadas com as declarações de Jaques Wagner surpreenderam a muitos políticos, principalmente, pela posição que o ex-governador ocupa no primeiro escalão do governo Dilma. Muitos parlamentares solicitaram audiências no palácio do planalto, para transmitirem suas queixas e insatisfações com a declarações do ministro junto à presidente Dilma.

Um dos expoentes da política no Rio Grande do Sul, o ex-senador ex-governador Tarso Genro afirmou que as declarações do ministro da Casa Civil foram infrutíferas e feitas num momento muito infeliz. Genro considera as palavras de Wagner uma falta de respeito e que nada poderão acrescentar ao atual quadro de crise da política brasileira. De acordo com o ex-senador, o fato só tende a inflar, ainda mais, o atual sentimento antipetista que está crescendo na população brasileira.

O que diz o próprio PT?

Todos os integrantes do PT são unânimes em afirmar que a entrevista de Wagner foi um ato desnecessário, o que só serviu para acentuar o mal-estar que já está instalado entre o próprio governo e o partido. O presidente do PT, em São Paulo, Emídio de Souza, admite que o mesmo saiu muito desgastado quando optou por defender o governo Dilma.  Entretanto, ponderou que o momento é de realinhamento e de correção dos objetivos comuns entre governo e partido. Segundo o dirigente, o ataque mútuo é uma grande perda de tempo para os dois lados.

O secretário de organização do partido, Florisvaldo Souza e o coordenador da força petista Construindo um Novo Brasil(CNB), Francisco Rocha, são unânimes em afirmar que as declarações do ministro foram desastrosas e que só serviram para acentuar o clima de desconforto entre o partido e o governo. Eles defendem que este tipo de problema deveria ser discutido em reuniões internas do partido. No entanto, concordam que o erro foi em não executar a reforma. Ocupando a liderança interina do PT no senado, Paulo Rocha(PA) concorda que o governo Lula deixou de resolver os problemas do país, em virtude de tamanha popularidade, preferindo apenas repetir os velhos métodos utilizados pela política tradicional. Ele culpa ainda o governo da era Lula, por permitir o esquema do mensalão.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/

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