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Publicado em 8/01/2016 as 12:00am

Mãe de brasileiras mortas no Japão embarca para SP em busca de visto

Filhas dela foram encontradas mortas em apartamento perto de Tóquio.

A mãe das brasileiras encontradas mortas no Japão, Maria Aparecida Amarilha Scardin, embarcou em Campo Grande rumo a São Paulo na madrugada desta sexta-feira (8), onde vai dar entrada no pedido emergencial de visto para o país asiático. Ela quer ir para o Japão buscar as duas netas de 3 e 5 anos, filhas de Akemy Maruyama, 27 anos, encontrada morta em um apartamento na cidade de Handa, perto de Tóquio.

Segundo Maria Aparecida, o outro corpo encontrado no mesmo apartamento foi identificado pelas autoridades japonesas como de Michelle Maruyama, 29 anos, irmã de Akemy, e também filha de Maria Aparecida. O suspeito do crime é um peruano, ex-marido de Akemy, e está preso.

Maria Aparecida ganhou as passagens aéreas de pessoas que se comoveram com a situação, já que ela não tinha dinheiro para comprar.

Antes do embarque, a diarista de despediu dos amigos e da neta de 12 anos, Nicole Yume, também filha de Akemy. A garota mora em Campo Grande com o pai desde que foi trazida do Japão, após maus-tratos do suspeito de matar as irmãs brasileiras.

Em São Paulo, Maria Aparecida vai dar entrada no visto de emergência no Consulado Japonês e só no domingo viaja para o país asiático. Ela disse que precisou pagar pela certidão de óbito das filhas para dar entrada no pedido.

A exigência, segundo a assessoria do Consulado do Japão no Brasil, é necessária a apresentação de algum documento que comprove o caráter emergencial para solicitação de visto. "Este documento poderá ser um Atestado de Internação do Hospital ou uma Certidão de Óbito", disse em nota.

Quando estiver no Japão, Maria Aparecida terá três meses, tempo de validade do visto, para resolver as pendências antes de voltar para o Brasil. Além de buscar as netas que estão em um abrigo, ela também quer cremar as filhas e trazer as cinzas para o Brasil, mas ainda não tem dinheiro para a cremação, que custa cerca de ¥ 300 mil (iens), segundo ela.

"Minhas filhas nasceram aqui, quero enterrar as cinzas delas aqui também, elas são sul-mato-grossenses e eu tenho fé de que vou conseguir isso. É o que mais quero depois de conseguir a guarda das minhas netas", contou.

Alerta

Em entrevista ao G1, Maria disse que tinha três filhos e que o outro morreu há seis anos. Ela também disse que gostaria que o momento de dor servisse de alerta para outras mulheres vítimas de violência dos companheiros.

"Que não existam outras Akemys, que outras Marias não chorem. Gostaria que a minha dor servisse de exemplo, alerta, para outras mulheres não passarem por isso. Não é só violência física, estou falando de qualquer violência".

Agressivo

Maria Aparecida lembrou que o peruano tinha comportamento agressivo e chegou a agredir outra neta em 2014, filha de Akemy. A criança, na época, com 9 anos, foi tirada da guarda da mãe e levada para o abrigo até ser trazida pela avó para o Brasil, onde hoje mora com o pai.

A mãe de Akemi diz que a filha foi casada seis anos com o peruano, mas estava separada havia três meses. Ela também contou que o ex-companheiro fazia ameaças, mas a filha não acreditava que ele seria capaz de cumprir.

Governo brasileiro

O Consulado Geral do Brasil em Nagoia informou que acompanha o caso. Segundo o consulado, a família está recebendo apoio. O Ministério de Relações Exteriores informou que por questões de privacidade da família, não pode dar mais informações.

Fonte: g1.globo.com

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