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Publicado em 7/10/2018 as 9:03pm

Bolsonaro e Haddad vão disputar o 2.º turno

Mais do que uma disputa entre Bolsonaro e Haddad, 2.º turno será a batalha entre o antipetismo e o petismo.

O deputado fluminense Jair Bolsonaro (PSL) e o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad (PT) se enfrentarão no segundo turno da eleição para presidente, no próximo dia 28. A notícia foi divulgada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) quando os votos chegaram a 95% apurados.

A onda de apoios que impulsionou Bolsonaro, 63, na última semana antes do primeiro turno espraiou-se, mas não foi suficiente para finalizar o jogo neste domingo (7). Ele tem 46,66% dos votos válidos, com 95% das urnas apuradas.

Uma série de candidatos associados a seu nome nos estados teve desempenho superior ao que as pesquisas indicavam. Já Haddad, 55, amealhou até o fechamento desta edição 28,43% dos votos válidos, conquistando endosso significativo na região Nordeste, berço do homem que o colocou na corrida, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Será o sexto segundo turno em oito eleições presidenciais desde a redemocratização de 1985. Se de 1994 a 2014 o que estava em jogo era avalizar ou rejeitar a gestão anterior, agora tanto Bolsonaro como Haddad são opositores ferrenhos da agônica e impopular Presidência de Michel Temer (MDB). O segundo turno, porém, vai se dar entre os dois candidatos de maior rejeição pelo eleitorado.

O deputado conseguiu associar-se à figura da novidade na política, mesmo sendo congressista desde 1991, e ganhou para si o rótulo de combatente principal contra o PT. Promete “quebrar o sistema”, sem dizer exatamente como o fará, apoiando-se na rejeição da política tradicional —algo que vai além de Lula, mas o inclui.

Já o ex-prefeito apresenta-se como um redentor de políticas de seu partido durante a era Lula, buscando esquivar-se do desastre econômico legado por Dilma Rousseff (PT), impedida e substituída por seu vice, Temer, em 2016. Essa particularidade explica o fiasco experimentado pelo PSDB nessa eleição.

O partido apoiou o impeachment e aliou-se a Temer até o ano passado, mesmo contra a vontade de seu candidato, o ex-governador paulista Geraldo Alckmin. De porta-estandarte do combate à corrupção protagonizada pelo PT, simbolizado pela Operação Lava Jato, a sigla viu o seu quase vencedor de 2014, Aécio Neves, ser envolvido em investigações policiais.

O papel de bastião do antipetismo foi conquistado por Bolsonaro. Com tudo isso, Alckmin teve o pior desempenho da história do partido em eleições presidenciais, com 4,94% dos válidos até o fechamento da edição.

O ex-governador cearense Ciro Gomes (PDT) provou resiliência ao longo da corrida, mas a prevalência do PT e de Bolsonaro no seu reduto, o Nordeste, limitaram sua capacidade de ultrapassar Haddad como nome da esquerda —apesar de simulações de segundo turno o colocarem em posição mais confortável que a do petista. Tem 12,46% dos válidos até o fechamento da edição. O voto mudancista vencedor neste domingo já foi representado em algum momento por Marina Silva, mas a candidata da Rede teve sua pior derrota nos três pleitos que disputou: mero 1% dos válidos. Foi ultrapassada por um neófito, João Amoêdo (Novo), com 2,68%, e por Cabo Daciolo, com 1,22%.

Henrique Meirelles (MDB), badalado ex-ministro da Fazenda, não teve como tirar a bola de chumbo representada por Temer de seu pé e amargou um sexto lugar, com 1,22%. Alvaro Dias (Podemos), que fez da defesa da Lava Jato sua bandeira, conquistou somente 0,86%.

Fonte: Redação - Brazilian Times

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