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Publicado em 31/10/2018 as 11:00pm

40% dos brasileiros no exterior vivem nos Estados Unidos, diz Itamaraty

Segundo números do Ministério, só nos EUA há mais cidadãos do Brasil do que em toda a Europa.

40% dos brasileiros no exterior vivem nos Estados Unidos, diz Itamaraty O nível educacional de brasileiros nos Estados Unidos é considerado alto.

Cerca de 40% dos migrantes brasileiros vivem nos EUA, país que lidera a lista de destinos de quem deixa o Brasil. Só no ano de 2017, estes recém-chegados investiram US$ 2,3 bilhões no setor imobiliário estadunidense. As passagens aéreas para os Estados Unidos -- notadamente para Miami e Orlando -- mantêm uma demanda estável há anos, segundo a agência de viagens Viajanet.

De acordo com um estudo publicado pelo Ministério das Relações Exteriores em julho, 3,7 milhões de brasileiros vivem no exterior hoje. O número, considerando a estimativa, aponta outro fato surpreendente: cerca de 1,4 milhão -- ou 40% -- de todos os cidadãos do Brasil que deixam o país têm como destino os Estados Unidos. O número é maior do que o total de migrantes em outros continentes -- 1 milhão na Europa, 319 mil na Ásia, 70 mil no Oriente Médio, 18,6 mil na Oceania, 15,5 mil na África e 6 mil na América Central.

No livro Brasileiros nos Estados Unidos: Meio Século Refazendo a América (1960-2010), os pesquisadores Álvaro de Castro e lanni Barbosa observam que a comunidade brasileira nos EUA é mais integrada e qualificada do que a média dos migrantes de outros países. Isso reflete o sucesso deles no país ao Norte, além da grande atração sobre aqueles que vivem no Brasil e abraçam a ideia do American Dream: uma baixa taxa de desemprego (5%) e uma alta renda doméstica (US$ 55,4 mil por ano).

Ainda de acordo com a obra, o nível educacional de brasileiros nos Estados Unidos é considerado alto, com cerca de 46% com educação superior incompleta -- contra 36% de outros migrantes -- e 30% que possuem um diploma universitário -- contra 23% dos outros migrantes.

No livro, Álvaro e Ianni apresentam outros dados sobre a presença brasileira nos EUA hoje, como o perfil médio do migrante: homem (56% contra 44% de mulheres), entre 30 e 44 anos (39%), casado (57%) e inquilino de uma casa (59%) na Flórida -- estado que possui a maior comunidade do Brasil no país. Outros estados são Nova York e Nova Jersey, a Califórnia e Massachusetts.

A série crise econômica e política que devasta o Brasil desde 2015 provocou um novo fenômeno migratório em direção aos Estados Unidos, de acordo com as autoridades. Em busca de países que sejam mais estáveis, com melhores oportunidades e poucos problemas sociais, como a desigualdade, a violência e a corrupção, um número considerável de brasileiros decidiu começar uma nova vida em solo estrangeiro.

Comparativamente, o número de brasileiros que entregaram declarações de saída definitiva do país mais do que dobrou desde 2011: de 8,1 mil para 21,7 mil neste ano, segundo o Itamaraty. Portugal, Espanha e Austrália são outros destinos comuns dos migrantes brasileiros.

O Banco Central brasileiro, por sua vez, declarou que a vida das pessoas que decidem deixar o país em direção aos EUA não é modesta: em 2018, apenas, os migrantes do Brasil gastaram cerca de US$ 6,1 bilhões nos setores imobiliários estrangeiros, quase duas vezes o que foi investido em 2011 (US$ 3,6 bilhões). Desse valor, mais de um terço foi usado em território estadunidense: US$ 2,3 bilhões, que é mais do que o triplo do investido em Portugal, por exemplo (US$ 725 milhões).

Fonte: Redação - Brazilian Times

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