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Publicado em 11/09/2019 as 8:00am

Ex-youtuber brasileiro dos EUA e agora deputado no Brasil é acusado de aplicar golpes

Supostos golpes foram denunciados pelo Fantástico, programa da Rede Globo de Televisão

Ex-youtuber brasileiro dos EUA e agora deputado no Brasil é acusado de aplicar golpes Luiz Miranda diz que está pagando os investidores.

Três dias após o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) protagonizar ação na qual a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu um homem que o extorquia, o parlamentar voltou ao noticiário. Em reportagem do programa Fantástico, da Rede Globo, veiculada na noite deste domingo (08), o congressista é acusado de aplicar uma série de golpes para lesar investidores. A matéria televisiva seria justamente o pivô da chantagem sofrida por Miranda que levou à prisão Daniel Luís Mogendorff, 35 anos, na noite de quinta-feira (05/09/2019).

A denúncia publicada no Fantástico mostra uma série de vídeos nos quais o parlamentar, que era empresário e morava em Miami (Flórida), na época da campanha de 2018, prometia rendimentos astronômicos, sem esforço, a seus seguidores nas redes sociais.

Testemunhas contaram ter perdido milhares de reais. O programa conversou com 25 pessoas. Um dos entrevistados contabiliza prejuízo de R$ 150 mil. “Minha surpresa é que, de tudo que ele prometeu, nada aconteceu”, diz o homem.

Uma das aplicações dadas como certas por Luis Miranda em vídeos no YouTube era no sistema de Tax Lien, uma espécie de certificado de penhor em condados dos Estados Unidos. Em outros vídeos, ele pede investidores para serem sócios dele em fundos de investimentos e negócios de compra e venda de carros.

Nas gravações, ele dizia que um investimento de US$ 5 mil poderia ter rendimentos entre 18% e 24%, dependendo da região, ou até mesmo resultar na aquisição de um imóvel. Há, ainda, postagens nas quais ele apresenta maneiras de lucrar 100% “sem sair de casa”: “Isso sim é negócio, gente”, diz o deputado.

Um ex-funcionário de Luis Miranda o acusou, na reportagem do Fantástico, de ter maquiado números para lesar investidores. Segundo o homem, o hoje deputado ficava com o dinheiro alheio para bancar um estilo de “vida luxuoso”.

O parlamentar ficou sabendo da reportagem há cerca de 40 dias e alegou sofrer chantagem para que a publicação não ocorresse. Segundo o congressista, ele mantinha um negócio de locação de veículos nos Estados Unidos e os denunciantes querem prejudicá-lo. Em um dos casos, afirmou, a denunciante “locou um carro por um mês, mas como a família queria voltar ao Brasil, generosamente cancelei o aluguel sem multa e devolvi o dinheiro”.

Sobre o ex-funcionário que também o denunciou, o deputado também alegou que se trata de uma tentativa de ferir a imagem dele. Segundo Luis Miranda, ele realizou um boletim de ocorrência contra o rapaz pelo furto de US$ 300 mil da empresa do parlamentar nos Estados Unidos “no momento em que somente ele tinha a chave e eu já estava aqui no Brasil”.

Em uma ação conjunta com a Polícia Civil, Luis Miranda denunciou uma quadrilha responsável por extorsões. A operação levou à prisão Daniel Mogendorff. Ele foi detido em flagrante na noite de quinta-feira (05/09/2019) em um hotel no centro de Brasília depois de ser gravado com câmeras escondidas acopladas às roupas de Miranda.

Um dos pontos que configurou a chantagem, segundo entendimento dos investigadores, foi o momento em que o suspeito disse que conseguiria evitar a publicação de matéria na atração da Rede Globo. “Se você tem vontade de tirar isso do Fantástico, a gente faz. Já tá tudo no pente”, afirma Mogendorff.

O suspeito chegou a propor que Miranda pagasse os R$ 760 mil em duas vezes: R$ 400 mil seriam em razão da suposta retirada de matéria da pauta do Fantástico e o restante para o homem remover do YouTube vídeos com ofensas ao parlamentar e evitar que outros fossem a público.

Os vídeos gravados com câmeras escondidas na roupa de Miranda, aos quais o site Metrópoles teve acesso, mostram o teor da conversa mantida entre o homem e o congressista. O aparato que produziu o flagrante foi montado pela Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), da PCDF. Foi com esse aparelho também que ficou registrada a conversa na qual Mogendorff se gaba de ter poderes para fazer imagens desaparecerem da internet.

Na conversa, mantida no restaurante Coco Bambu do Lago Sul, bairro mais nobre da cidade, os dois negociam valores que seriam usados no sentido de proteger Miranda contra as acusações. Tudo monitorado por 20 agentes à paisana.

Fonte: Redação - Metrópoles.

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