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Publicado em 4/03/2020 as 8:00am

'Brasil é refúgio de bandidos', diz mãe de mineira assassinada na Califórnia

Ana Paula Braga, de 24 anos, foi morta em Los Angeles por dois brasileiros, que fugiram para o Espírito Santo; corpo da vítima ainda não foi encontrado

'Brasil é refúgio de bandidos', diz mãe de mineira assassinada na Califórnia Mãe exibe foto da filha.

"Todos os dias, quando dava 13h no horário daqui, a minha filha fazia uma chamada de vídeo e dizia: 'Bença, mãe. Bença, mamadi'. Era assim que ela me chamava. Eu respondia: 'Deus te abençoe, minha princesa linda'. Depois que a minha filha foi assassinada esse é o pior horário do dia para mim.

Se eu pudesse, depois dessa hora, ficaria sem conversar com ninguém". O desabafo é de Delma Felix, de 50 anos, mãe da mineira Ana Paula Braga, de 24, assassinada nos Estados Unidos por outros dois brasileiros em janeiro deste ano. A dona de casa implora para que o corpo da filha seja encontrado e critica o fato dos suspeitos responderem ao crime no Brasil. Eles estão presos no Espírito Santo.

Ana Paula saiu da cidade de Mateus Leme, na região metropolitana de Belo Horizonte, há cerca de cinco anos com o filho pequeno e o pai da criança. Já nos Estados Unidos, o casal se separou e o menino passou a viver com o pai. "A Ana era maquiladora aqui em Minas, mas desde nova tinha o sonho de ir para o exterior.

Achava que a vida era melhor lá. Ela trabalhou como faxineira, lavou carros e, atualmente, trabalhava para uma empresa de aplicativo em que fazia entregas de comida. Ela estava feliz, tinha trocado de carro", contou a mãe.

O último contato das duas foi no dia 29 de janeiro e, segundo a mãe, a filha estava feliz porque não seria deportada. Em data anterior, segundo Delma, a filha teria digirido embriagada e, por isso, prestaria serviços comunitários em um necrotério. No dia 30 de janeiro, no horário normal de ligação, Ana não apareceu. A foto do perfil do WhatsApp tinha sido retirada.

"Comecei a ligar, a desesperar. Liguei nos outros dias e nada. Aí eu senti que a minha filha não estava mais entre nós porque, em nenhum momento, ela me deixaria sem notícias. Eu já sabia, no meu coração de mãe, que minha filha estava morta. Depois que as notícias foram chegando e soubemos tudo que tinha acontecido", afirmou a mãe.

"Coração de mãe não consegue perdoar"

Contando cada dia que não ouve a voz da filha, Delma tem dois pedidos: ter o corpo da filha e que os homens respondessem o crime nos Estados Unidos. A maior parte da entrevista, a dona de casa não chorou, afirmou que era a primeira vez que não chorava diante da imprensa.

"Estou me tornando uma pessoa cruel. Se eu tivesse condições, eu mandaria fazer com eles, o que eles fizeram com a minha filha. Se eu tivesse oportunidade de encontrá-los só queria entender porque fizeram isso com uma pessoa que acolheu os dois", explicou.

No entanto, minutos depois, ela não conseguiu segurar as lágrimas. "É uma dor que não tem cura, não tem solução, não tem remédio que cure a minha dor. Eu tenho orgulho de ser mãe da Ana.

O meu coração de mãe não consegue perdoar o que eles fizeram com a minha filha", finalizou. (fonte: O Tempo)

Fonte: Redação - Brazilian Times.

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