Brasileiros bolsistas enfrentam dificuldades para renovar ou tirar Visto de Estudante para entrar nos EUA

A pandemia da Covid-19 gerou problemas não apenas para o setor comercial. Estudantes e profissionais especializados que pretendiam entrar nos Estados Unidos também foram afetados. Com as fronteiras norte-americanas fechadas, muitos brasileiros enfrentam dificuldades para sair do Brasil e voltar a estudar em universidades neste país.

Apesar do presidente Donald Trump ter anunciado que os estudantes brasileiros não teriam problemas para retornar ao país, o que se vê é o contrário. De acordo com informações divulgadas recentemente pelo jornal Estado de Minas, “o impasse é para aqueles que precisam renovar ou tirar o Visto de Estudante”. Isso porque as atividades estão paralisadas desde março, devido à pandemia, e sem previsão de retorno.

O grande problema é que enquanto os serviços prestados pelo consulado dos EUA no Brasil estão paralisados, principalmente para a emissão de Visto de Estudante, a rotina escolar já foi retomada em terras norte-americana. Com isso vários atletas bolsistas correm o risco de perder o auxílio e ter o sonho interrompido por uma questão burocrática.

Entre os estudantes que foram afetados por esta paralisação estão as gêmeas Beatriz e Mariana Volponi de Giordan, 21 anos, ambas bolsistas por jogar vôlei em nome das universidades. Elas retornaram ao Brasil em março para ficar com a família durante a pandemia.

O EM afirmou que Mariana chegou a mudar de faculdade e já tinha renovado o visto em 2018. “Mas essa era uma das pendências que Beatriz teria que resolver na volta para casa, uma vez que o documento tinha prazo de validade até julho passado”.

Ela disse que já fez vários agendamentos e todos foram cancelados devido ao consulado não estar funcionando. “Não respondem nossas ligações ou e-mail. É tudo automático e não tem previsão de nada. Estão tratando com a maior indiferença porque não dão prioridade nenhuma aos estudantes, diferentemente de consulados de outros países que estão atentos, olhando para a gente e organizando esquemas especiais para ajudar nessa situação”, afirmou ela ao jornal.

Como resultado desta burocracia e morosidade, Mariana conseguiu voltar para os EUA, mas precisou se submeter a uma quarentena de 14 dias no México antes de entrar. Enquanto isso, sua irmã fica na espera, angustiada e não sabe se será atendida a tempo de não perder mais um semestre e conseguir manter a bolsa.

Assim como ela, outros estudantes brasileiros passam pelo menos problema. Enfrenta dificuldades para agendar uma entrevista, conseguir agendar um novo horário e ainda, entre outros. A crítica é que

“A Embaixada e consulados dos EUA no Brasil estão levando muito a sério a situação de estudantes brasileiros e estamos procurando maneiras de garantir que estudantes (tanto os novos quanto os que retornarão aos seus estudos) tenham atenção prioritária quando as entrevistas de visto forem retomadas”, justificou-se, em nota.

Procurado pelo Correio para saber o que tem feito em favor dos estudantes, a fim de diminuir o problema, o Ministério das Relações Exteriores não respondeu até o fechamento desta reportagem.

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Fonte: Redação Brazilian Times