Brasileiro é preso e vai ser deportado por "Revenge Porn"

Um ator pornô será deportado da Austrália após postar ilegalmente vídeos de si mesmo fazendo sexo com seu parceiro online. Fabricio Da Silva Claudino, de 32 anos, foi preso em fevereiro após compartilhar um vídeo "pornô de vingança" no website OnlyFans.

O brasileiro chorou no Tribunal Local Central na quinta-feira (10) ao ser condenado a 11 meses de prisão, com período sem direito à liberdade condicional de 7 meses. O influenciador do Instagram disse que está feliz que a provação acabou e ele mal podia esperar para voltar ao Brasil.

"Não estou com nenhum remorso", disse Claudino ao jornal The Daily Telegraph. "Tudo acontece por uma razão. Entretanto, tive uma experiência muito traumática aqui na Austrália. Estou muito feliz por voltar para casa e contente que isso tenha acabado". 

Claudino será deportado depois de cumprir o restante de sua pena no Centro de Detenção Villawood. Sua sentença será retroativa a fevereiro, quando ele foi detido e mantido sob custódia.

O réu se confessou culpado de 13 acusações de pornografia de vingança (Revenge porn, em inglês) em julho, mas tentou se retratar de sua confissão de culpa na quarta-feira (9) após alegar que admitiu as acusações 'sob coação'. A Juíza Clare Farnan confirmou a confissão de culpa.

 

Ele também foi considerado culpado de posse de esteroides e acusações de atos indecentes em público por repetida masturbação em público enquanto estava sob fiança. O brasileiro compartilhou fotos e vídeos de seu parceiro australiano em sua conta OnlyFans sob o perfil 'FabricioMonkey'. Ele então postou o conteúdo para seus 100 mil seguidores no Twitter e 30 mil seguidores no Instagram.

Um vídeo foi filmado em seu iPhone na casa do casal em Marrickville em julho passado, que mostrou o casal fazendo sexo por 4 minutos. Apesar de o rosto de seu parceiro estar escondido, as tatuagens dele eram visíveis, tornando-o facilmente identificável para qualquer pessoa que o conhecesse. Além disso, Claudino compartilhou imagens gráficas dos órgãos genitais da vítima sem o consentimento dela.
Em uma audiência anterior no tribunal, a vítima, cujo nome não foi revelado, leu uma declaração de impacto de 4 páginas nas quais revelou seu trauma após perceber que tinha sido exposta online.

"O cara que eu pensei que conhecia se revelou um completo estranho", disse ele ao Tribunal Local Central em julho. "Minha dignidade foi vendida por 12 dólares e 99 centavos", disse a vítima.

O advogado de defesa do brasileiro, Alexander Maroulis, alegou que seu cliente foi levado a compartilhar o conteúdo por causa de sua difícil situação financeira. Ele também disse que os vídeos foram postados com o conhecimento da vítima.

'Devido às suas circunstâncias na Austrália, ele quase foi forçado a fazer o que fez para sobreviver', disse Maroulis ao tribunal. Além disso, o advogado disse ao tribunal que o brasileiro passou por uma situação difícil, sendo perseguido por ser homossexual no Brasil. O tribunal ouviu que o internauta vendeu chocolates quando criança para sustentar sua família, incluindo sua mãe, que foi diagnosticada com câncer.

Farnan ordenou a prisão do réu como um 'impedimento' para enviar uma mensagem às outras pessoas. Ela reconheceu que Claudino dificilmente repetirá o crime.

O brasileiro chegou à Austrália com visto de turista em julho do ano passado, depois que uma passagem foi comprada para ele por seu companheiro australiano. Eles se conheceram no exterior, durante férias, e se apaixonaram. Desde que chegou à Austrália, o brasileiro imediatamente começou a compartilhar fotos de suas férias com seus 30 mil seguidores no Instagram em Kangaroo Valley, Bondi Beach e Mollymook.

Seu ex-companheiro contou a um tribunal de Sydney sobre seu horror com o crime depois de conhecer no Rio de Janeiro quem ele pensava ser “o homem dos seus sonhos”. Entretanto, depois ele descobriu que Claudino havia postado suas fotos e vídeos íntimos para milhares de seguidores na internet.

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Fonte: Redação Brazilian Times