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Publicado em 17/02/2021 as 3:00pm

Brasil "aposta" em medicamentos não comprovados para combater a Covid-19

O governo gastou fundos de emergência com as drogas cloroquina e hidroxicloroquina e continuou a produzi-las e distribuí-las a índices sem precedentes ao longo de 2020

Brasil Depois de promover repetidamente o potencial da cloroquina e da hidroxicloroquina para prevenir e mitigar os efeitos do Covid-19, o próprio Bolsonaro testou positivo em julho passado

O Presidente Jair Bolsonaro há muito é defensor das drogas cloroquina e hidroxicloroquina para curar a Covid-19, apesar de vários estudos mostrarem que elas não são eficazes. Agora, os documentos mostram que seu governo gastou fundos de emergência com os medicamentos e continuou a produzi-los e distribuí-los a índices sem precedentes ao longo de 2020, enquanto rejeitava pelo menos uma oferta de compra de uma vacina já em estágio final de testes porque os termos eram "abusivos".

Depois de promover repetidamente o potencial da cloroquina e da hidroxicloroquina para prevenir e mitigar os efeitos do Covid-19, o próprio Bolsonaro testou positivo em julho passado.
"Se eu tivesse tomado hidroxicloroquina como medida preventiva, ainda estaria trabalhando", disse Bolsonaro, embora a droga, mais comumente usada contra a malária, não tivesse se mostrado eficaz contra o coronavírus e a Organização Mundial da Saúde (OMS) tivesse interrompido um grande estudo com hidroxicloroquina.

Enquanto estava em quarentena, o presidente brasileiro postou um vídeo nas redes sociais mostrando-o tomando o que ele disse ser sua 3ª dose de hidroxicloroquina.

Ainda na semana passada, Bolsonaro admitiu novamente que poderia ser provado que estava errado e que a droga poderia não ter nenhum impacto sobre o coronavírus, mas acrescentou "pelo menos eu não matei ninguém. Agora, se por acaso, prova ser eficaz no futuro, aqueles de vocês que criticaram, parte da mídia, vocês serão responsabilizados".

De acordo com documentos exclusivos obtidos pela CNN Brasil, afiliada da CNN dos EUA, Bolsonaro não estava apenas falando sobre as drogas no ano passado, seu governo estava usando ativamente fundos de emergência destinados a combater a pandemia de Covid-19 para comprá-las e distribuí-las, mesmo depois de terem sido comprovadas ineficazes.

Em maio, o Ministério da Saúde do Brasil recomendou oficialmente a cloroquina para o tratamento precoce da Covid-19 e, em junho, estendeu a recomendação para crianças e mulheres grávidas, no mesmo dia em que a Food and Drug Administration (FDA) revogou sua autorização de uso emergencial de hidroxicloroquina e apesar de evidências crescentes que não foi eficaz na prevenção ou cura da Covid-19.

Dois dias depois, em 17 de junho, a Sociedade Brasileira de Doenças Infecciosas publicou carta aberta dizendo que era "urgente e necessário" suspender o uso da hidroxicloroquina no tratamento do Covid-19. O Ministério da Saúde, entretanto, não mudou suas recomendações nos meses seguintes e os médicos relataram ter sido pressionados a prescrevê-las.

Em setembro, o escritório estratégico de medicamentos do Ministério da Saúde confirmou à CNN Brasil que está em processo de aquisição de mais cloroquina com recursos destinados ao combate ao Covid-19, pois seu estoque caiu para 375,5 mil doses. Ele não especificou quanto estava sendo pedido ou quanto custaria.

Conforme os próprios números do Ministério da Saúde, o número de casos de malária no Brasil foi de 60.713 nos primeiros seis meses de 2020, ou seja, 16% abaixo do 1º semestre de 2019.

Documentos obtidos por meio da Lei de Liberdade de Informação do Brasil mostram que, entre os meses de abril e agosto, a coordenação de medicamentos estratégicos do Ministério da Saúde solicitou 1,5 milhão de comprimidos de cloroquina a serem distribuídos às secretarias estaduais de saúde pelo laboratório farmacêutico do Exército. De acordo com os documentos, a distribuição teve como objetivo "combater a pandemia Covid-19" e as pílulas foram distribuídas com base no número de casos suspeitos em cada estado.

As distribuições continuaram no 2º semestre do ano, mesmo depois que o FDA revogou sua autorização de uso de emergência e vários estudos concluíram que a cloroquina e a hidroxicloroquina não foram eficazes no tratamento da Covid-19. O Exército disse que entre setembro de 2020 e janeiro de 2021, foram distribuídas 420 mil doses.

Um contrato revelou que, em setembro, o exército gastou US $ 144 mil com a matéria-prima necessária para a produção da cloroquina, pagando 167% acima do valor de mercado; compra que foi sinalizada como suspeita pelo Escritório de Contabilidade Geral Federal. Em nota, o exército disse que os preços subiram por causa das oscilações do câmbio e do aumento da demanda internacional.

Ainda em setembro, o Brasil recebeu uma carta do CEO da Pfizer, Albert Bourla, instando o país a assinar um contrato para comprar 70 milhões de doses de sua vacina Covid-19 e se oferecendo para se reunir com o governo. A Pfizer já estava em fase final de testes com sua vacina neste momento. A carta foi enviada a Bolsonaro e a vários ministros em 12 de setembro, quando o número de mortos no Brasil já era o segundo maior do mundo, com 131 mil, e o número de casos confirmados foi de 4,3 milhões.

Entretanto, as negociações com a Pfizer fracassaram e não terminaram em acordo. A notícia da carta gerou ultraje quando surgiu no mês passado, enquanto o governo lutava para lançar um programa de vacinas. O Ministério da Saúde do Brasil respondeu à imprensa alegando que os termos da oferta, que incluía um acordo para não responsabilizar a Pfizer por efeitos colaterais negativos, eram "abusivos". O ministério disse também estar preocupado com o pequeno número de doses oferecidas no primeiro lote: 500 mil, mas acrescentou que as negociações ainda estão em andamento. A Pfizer não comentou o caso.

Quando o Brasil finalmente lançou seu programa nacional de vacinação em 18 de janeiro, após repetidos atrasos, ele começou com apenas seis milhões de doses para uma população de mais de 210 milhões. O governo de Bolsonaro apostou na vacina Oxford / AstraZeneca como peça central de seu programa. Entretanto, devido aos atrasos, eles acabaram recorrendo à CoronaVac, a vacina desenvolvida pela Sinovac da China e testada no Brasil em parceria com o governador do estado de São Paulo, que também é o inimigo político de Bolsonaro.

Até agora, 2,2% da população recebeu uma primeira dose do regime de duas doses exigido pelas vacinas CoronaVac e Oxford / AstraZeneca. Mas mesmo quando as autoridades começaram a distribuir vacinas em janeiro, o governo continuou a promover a cloroquina como tratamento em seus aplicativos e no protocolo que não havia sido atualizado desde que foi publicado em maio passado e onde foi caracterizado como um componente-chave do 'tratamento precoce'.

Quando questionado por que o ministério ainda recomendava o medicamento, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse a jornalistas no mês passado que nunca havia recomendado um medicamento específico.

Bolsonaro nomeou Pazuello, general do exército, quando seu segundo ministro da saúde se demitiu, após se recusar a emitir diretrizes federais para o uso de hidroxicloroquina e cloroquina no tratamento de Covid-19.

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Fonte: Redação - Brazilian Times.

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