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Publicado em 21/08/2021 as 8:00pm

Ex-gerente de campanha de Donald Trump “critica” Sistema Eleitoral brasileiro

Aparentemente, Steve Bannon quer transformar o Brasil no próximo campo de batalha política do slogan MAGA

 

O Presidente Jair Bolsonaro (sem partido) quer pôr em dúvida os resultados das próximas eleições no Brasil e, aparentemente, Steve Bannon, ex-gerente de campanha de Donald Trump, está disposto em ajudar com isso.

Bannon, indiciado por fraude e lavagem de dinheiro no verão passado, está planejando um retorno político. A presença dele na semana passada em um “cyber simpósio” bizarro organizado pelo CEO da MyPillow, Mike Lindell, parece que ele está de olho no Brasil. O maior e mais populoso país da América do Sul pode estar à beira de ver sua eleição de 2022 transformada na última resistência do MAGA (“Make America Great Again”, slogan da campanha política de Trump).

O simpósio cibernético de Lindell foi baseado na alegação infundada de que a eleição presidencial dos EUA em 2020 foi de alguma forma roubada de Donald Trump. Bannon teve uma atuação curiosa, pois primeiramente criticou Lindell por não fornecer evidências suficientes para tal alegação e em seguida, alertou que uma eleição diferente poderia estar em risco: a reeleição do presidente de extrema direita Jair Bolsonaro do Brasil.

Eduardo, congressista e filho de Bolsonaro, também compareceu ao evento organizado por Lindell. Ele estava lá para traçar paralelos entre o sistema eleitoral brasileiro e o dos EUA. Na realidade é um paradoxo, já que a maior nação da América Latina tem um sistema de votação eletrônica de renome mundial e nenhum caso crível de fraude em 25 anos. Apesar de obter uma vitória retumbante em 2018, Bolsonaro questionou abertamente se o Brasil pode realizar uma eleição livre e justa em 2022, envolvendo-se num esforço quase quixotesco para mudar a forma de como os brasileiros votam. Ele até levantou a perspectiva de uma intervenção militar para supostamente “garantir a integridade do voto”, desfilando tanques e tropas do exército em Brasília (DF) em 10 de agosto.

Para todos, exceto seus partidários e simpatizantes mais fervorosos, as reais intenções de Bolsonaro são óbvias: Ele está se preparando para rejeitar um resultado futuro desfavorável semeando dúvidas agora.

Depois que Eduardo se dirigiu ao público de Lindell, Bannon subiu ao palco e chamou a corrida presidencial de 2022 no Brasil a "segunda eleição mais importante do mundo", afirmando que "Bolsonaro vencerá a menos que seja roubado, adivinhe, pelas máquinas". Na realidade, todas as grandes pesquisas de opinião pública vêm prevendo há vários meses que Bolsonaro perderá para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, líder do Partido dos Trabalhadores (PT) de centro-esquerda e a voz mais proeminente da oposição.

Os brasileiros, não as “máquinas”, parecem ter a intenção de derrubar Bolsonaro, entretanto, Bannon considerou Lula “um criminoso”, chamando-o de “o esquerdista mais perigoso do mundo”.

Bannon usou a retórica que os conservadores brasileiros há muito usam para descrever Lula, um ex-líder sindical que se tornou o primeiro presidente da classe trabalhadora na história do Brasil após sua eleição em 2002. Mesmo antes da eleição de Bolsonaro, a política de centro-direita no Brasil estava se tornando definido pela noção perigosamente equivocada de que Lula e seu partido não eram simplesmente oponentes democráticos a serem derrotados nas urnas, mas conspiradores criminosos a serem extirpados por todos os meios necessários.

A aparição de Eduardo Bolsonaro no evento de Lindell parece ser o próximo passo nessa estratégia. Bolsonaro está agora tentando conectar os eventos no Brasil à rede mais ampla de alegações infundadas, ressentimentos e ultrajes que alimentam a base de Trump e, por extensão, grande parte do Partido Republicano. Bolsonaro, aparentemente com Bannon a seu lado, quer fazer do Brasil o próximo campo de batalha do MAGA.

Esta não é a primeira vez que Bannon tenta levar seu internacionalizar sua mensagem. Há 3 anos, ele visitou vários países europeus na tentativa de formar uma rede transnacional de nacionalistas de direita que pudessem, em conjunto, resistir ao que ele considera as “marés nocivas da globalização”.

Os brasileiros de fora da extrema direita, no entanto, ficaram imediatamente preocupados com a aliança Bolsonaro-Bannon exibida no evento de Lindell. Escrevendo para o jornal The Intercept Brasil no último domingo (15), o jornalista João Filho disse que o envolvimento de Bannon deve ser visto como um sinal seguro de que a eleição de 2022 será contestada.
“Mesmo que o Bolsonaro não seja reeleito”, comentou Filho, “o bolsonarismo permanecerá vivo. Eles continuarão a usar o conhecimento de Bannon e investir em conspirações contra a democracia”.


 

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