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Publicado em 16/09/2022 as 12:00pm

Brasileira adotada por norte-americanos procura pais biológicos

  Imagens divulgadas por Alea nas redes sociais Alea Maya Goldberg nasceu no Brasil e...

 

Imagens divulgadas por Alea nas redes sociais

Alea Maya Goldberg nasceu no Brasil e atualmente mora em Pittsburgh, na Pensilvânia. Ela foi adotada, ainda bebê, por um casal norte-americano e hoje vive o drama de não saber quem são os seus país biológicos. Tentar descobrir as suas origens tem sido o seu objetivo, mas a sua história é cercada por dúvidas.

Alea, de 30 anos, não sabe nem o dia certo do nascimento. Isso ocorre porque ela não tem acesso à certidão de nascimento original. As poucas informações que ela é que nasceu no Ceará e foi levada para São Paulo, com apenas seis meses de vida. Depois, foi adotada e levada para Pittsburgh, em 1993.

“Eu tive uma guardiã que cuidou de mim dos seis meses até um ano e fui adotada por um casal, não tive irmãos”, disse ela que começou a fazer questões sobre o seu passado em 2018. “Desde que comecei a fazer essas perguntas, me davam desculpas, nunca eram respostas diretas. E eram respostas com raiva”, acrescentou.

Ela já havia começado uma busca, mas ganhou uma ajuda importantíssima. A brasileira Luciana Brussi, dona de uma companhia de dança que contratou Alea, ficou sabendo a história e decidiu auxiliá-la.

“Em fevereiro deste ano, eu abri uma audição para dançarinas de samba na nossa cidade, em Pittsburgh, e a Alea veio e com todo o talento dela, chocou todos nós, pois pensamos que ela era brasileira, e ela nunca teve contato com a cultura brasileira. É dançarina, bailarina, professora de hip hop, jazz e na audição, ela surpreendeu todos nós. Foi contratada pelo meu grupo de dança, e a partir daí ela contou a história dela. Disse que já estava investigando por conta própria o paradeiro da família dela, e foi quando eu ofereci ajuda, para que ela pudesse desabafar, s quisesse contar a história dela e juntas começamos a fazer algumas investigações básicas na internet, com alguns nomes, ela foi me passando as fotos e eu resolvi fazer uma publicação púbica nas redes sociais”, explicou Luciana.

Alea revelou que sofreu por nunca ter tido apoio dos pais adotivos nesta busca por respostas, mas que está feliz com o suporte que vem recebendo. “Me sinto reafirmada tendo esse apoio. Pessoas dizendo que o que aconteceu foi estranho, e com a comunidade apoiando, me sinto animada em continuar essa busca, mas também me sinto frustrada por ter demorado todo esse tempo”, conta.

Sobre os pais adotivos, ela revelou que sempre soube ser adotada, mas esperava maior compreensão neste momento, o que nunca ocorreu. “Eu não recebi nenhum apoio deles nessa jornada para saber quem eu sou. Eu tenho perguntado isso a minha vida inteira. Mas eu não sei se é só o que eles sabem, mas eles não apoiam eu descobrir as minhas raízes. Eu sinto que eles são racistas. E por isso, nós não tivemos um bom relacionamento”, revelou Alea.

Por fim, ela contou que se descobrisse onde está sua família de sangue, iria ao Brasil conhecê-los, e também deixou um recado. “Quero dizer, que não importa o que aconteceu, não importa as circunstâncias que levaram a isso, eu encontrei o meu propósito. Eu não tenho raiva, e quero encontrar as pessoas do meu sangue. Tenho muito amor a dar”, contou.

(com informações do GNewsUSA/Thathyanno Desa)

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